De olho em José Luiz Datena, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) oficializará sua candidatura à prefeitura de São Paulo no próximo sábado, 27, com a esperança de que o PSDB ainda possa indicar um vice para a sua chapa.

Segundo O Estado de S.Paulo, a parlamentar e seu partido ainda apostam que o pré-candidato tucano possa desistir de participar da campanha eleitoral, o que poderia levar o PSDB a apoiá-la.

Como as duas convenções estão marcadas para o mesmo dia, e faltaria tempo hábil para um acerto, o PSB trabalha com a possibilidade de escolher um vice do próprio partido até sábado e delegar a decisão à sua Executiva caso os tucanos queiram indicar um vice para Tabata.

“Caso o Datena desista da candidatura, e o PSDB queira cumprir o acordo que foi firmado, a gente vai sentar e entender quem seria esse outro vice”, disse a deputada em entrevista à rádio Novabrasil FM na terça-feira, 23.

Datena ainda pode ser vice de Tabata?

Embora ainda acredite que o PSDB possa indicar seu vice, Tabata descarta que seu colega de chapa seja Datena.

“Não é por veto. É só porque o Datena já manifestou que não quer ser vice e a gente entendeu que as coisas mudaram nos últimos tempos”, afirmou a deputada.

Na entrevista, Tabata cogitou como possíveis vices tucanos o presidente municipal do PSDB de São Paulo, José Aníbal; o presidente da federação PSDB-Cidadania na capital paulista, Mario Covas Neto, e o ex-deputado federal Ricardo Tripoli.

Os partidos políticos têm até 15 de agosto para registrar seus candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Datena ensaia ‘datenar’

O apresentador e pré-candidato José Luiz Datena (PSDB) já ensaia seguir os passos do presidente americano Joe Biden e desistir da sua candidatara à prefeitura de São Paulo — fato que já aconteceu tantas vezes que surgiu informalmente até o verbo datenar, para classificar esse tipo de desistência.

“Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo”, disse Datena em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo na terça-feira, 23.

Ao jornal, o tucano afirmou que até ele desconfia de sua candidatura e impôs condições para seguir com a campanha.

“Até eu desconfio. Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato.”