Bombardeiros russos e chineses interceptados pela OTAN no Alasca
Interceptação inédita expõe avanço militar conjunto e deixa OTAN em estado de alerta
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) identificou e acompanhou quatro bombardeiros – dois russos TU-95 Bear e dois chineses H-6 – que voavam na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ). Esta zona é uma área de monitoramento onde aeronaves são rastreadas antes de entrarem no espaço aéreo dos EUA.
Este evento é notável por ser a primeira vez que aeronaves militares russas e chinesas foram detectadas operando juntas nesta área. Além disso, marca a primeira incursão de bombardeiros H-6 chineses na ADIZ do Alasca. As aeronaves permaneceram no espaço aéreo internacional e não entraram no espaço aéreo dos EUA ou do Canadá.
Para garantir a segurança, o NORAD enviou caças F-16 e F-35 dos EUA, além de CF-18 do Canadá, para escoltar os bombardeiros e assegurar que eles não entrassem em áreas não autorizadas. Esta escolta, conhecida como interceptação, envolve a aproximação de aeronaves militares para identificar e monitorar os aviões estrangeiros, garantindo que eles não representem uma ameaça.
A cooperação entre Rússia e China no Ártico está crescendo, como demonstrado por este voo conjunto. A China se autodeclara um “estado quase ártico” e busca um papel maior nos assuntos da região. A presença chinesa no Ártico é uma novidade e aumenta as preocupações dos EUA com a segurança regional. O general Gregory Guillot, do Comando Norte dos EUA, já havia alertado sobre a intenção da China de expandir suas operações no Ártico.
A Rússia e a China têm se alinhado cada vez mais contra os EUA e seus aliados, especialmente desde a invasão russa da Ucrânia em 2022. A China tem apoiado a indústria militar russa, fornecendo componentes críticos para a produção de armas.
Os EUA recentemente lançaram uma nova Estratégia Ártica, destacando preocupações com a cooperação militar crescente entre Rússia e China na região. Embora este incidente específico não tenha sido considerado uma ameaça direta, ele representa uma mudança significativa nas dinâmicas de segurança do Ártico.
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