Crusoé: a batalha dos slogans na eleição americana
Disputa pela Casa Branca opõe o "Faça a América grande de novo" de Trump ao "Não vamos voltar atrás" de Kamala Harris
Kamala Harris (foto) participou nesta quarta-feira, 24, do seu segundo comício de campanha, na cidade de Indianápolis.
Falando a uma plateia de estudantes universitários e líderes de fraternidades universitárias negras que declararam apoio à sua campanha, a vice-presidente falou menos sobre seu chefe — o presidente Joe Biden, cuja desistência de disputar a reeleição abriu caminho para sua campanha — e mais sobre a disputa que terá contra Donald Trump.
“Neste momento, creio que encaramos uma escolha entre duas visões distintas para nossa nação. Uma focada no futuro, outra focada no passado”, declarou Kamala. “E com o seu apoio, lutarei pelo futuro do nosso país”, acrescentou.
A visão de futuro da democrata é exposta no seu slogan, já dito por ela nos dois comícios de campanha: “We’re not going back!”, ou “Nós não vamos voltar atrás“.
A proposta, que deve render canecas, bottoms e camisetas com o logo da campanha, é quase uma oposição ao slogan de Donald Trump, “Make America Great Again” (“Faça a América grande de novo”, em português).
A fala de Trump —por si só uma reedição do slogan do ex-presidente Ronald Reagan, nos anos 80— evoca um reerguimento dos valores americanos defendidos, em sua visão, apenas por ele e por sua campanha. Utilizada por ele pela primeira vez em 2015 em seus bonés, o slogan já virou um símbolo por si só: a sigla MAGA já foi repetida e replicada em outros países, unindo nomes da direita.
Nos últimos anos, o slogan do republicano passou por mudanças cosméticas: em 2020, quando tentou a reeleição sem sucesso, a palavra de ordem passou a ser “Keep America Great”, ou “mantenha a América grande”.
Agora, para as eleições de 2024, o slogan voltou ao estado original —ou, como ocorreu na convenção republicana na semana passada, passou a evocar o “Fazer a América grande mais uma vez”.
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