São Paulo tem a tarde mais seca dos últimos 3 anos
Baixa umidade do ar em São Paulo agrava problemas respiratórios e exige cuidados da população. Alerta para os próximos dias e medidas de precaução são essenciais.
São Paulo — O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 13% de umidade no ar na capital paulista por volta das 13h dessa terça-feira (23/7). Este foi o nível mais baixo desde novembro de 2021, quando a cidade também alcançou 13% de umidade. O alerta de perigo potencial pela baixa umidade foi mantido para esta quarta-feira (24/7), segundo o Inmet.
Conforme informações da Climatempo, um forte bloqueio atmosférico se instalou recentemente, desviando frentes frias para o alto mar e mantendo uma massa de ar seco sobre o interior do país. Este fenômeno está impactando diretamente o estado de São Paulo.
Por que a umidade do ar está tão baixa?
O bloqueio atmosférico, uma barreira física formada por alta pressão, é o principal responsável pela baixa umidade. Esse bloqueio impede que massas de ar mais úmidas cheguem ao interior do país, resultando em níveis críticos de umidade em várias regiões, incluindo São Paulo.
Essa situação deve começar a mudar a partir da sexta-feira (26/7), quando o bloqueio atmosférico começará a enfraquecer. Contudo, até o próximo domingo (28/7), não há previsão de chuva significativa para a Grande São Paulo. Enquanto isso, os níveis de umidade permanecerão baixos, afetando a qualidade do ar.
Como isso afeta a saúde da população?
A baixa umidade do ar pode causar diversos problemas de saúde, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Entre os principais impactos estão:
- Irritação das vias respiratórias: A secura do ar pode causar irritação no nariz, boca e olhos.
- Aumento de doenças respiratórias: A proliferação de vírus e bactérias se intensifica em ambientes secos.
- Desidratação: O corpo perde mais água para manter a temperatura e umidade das mucosas.
Além disso, a concentração de poluentes tende a aumentar com a falta de chuva e o ar parado. Isso agrava ainda mais os problemas respiratórios e alérgicos.
Qual a previsão do tempo para os próximos dias?
Para esta quarta-feira (24/7), o sol predominará, reduzindo a sensação de frio e elevando as temperaturas ao longo do dia. As mínimas oscilarão em torno de 12°C e as máximas poderão atingir 26°C. No período da tarde, a umidade pode se aproximar dos 30%, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura.
Na quinta-feira (25/7), as temperaturas continuarão a subir, com mínimas de 13°C e máximas de até 27°C. A umidade do ar poderá cair novamente para valores abaixo de 30% durante a tarde, mantendo o alerta para a população.
Pouca chuva em São Paulo
Historicamente, julho é um mês seco na capital paulista. No entanto, a falta de chuva recente tem sido extrema. No Mirante de Santana, zona norte da cidade, a última chuva significativa, com acumulado de 10 mm em 24 horas, ocorreu entre os dias 9 e 10 de julho, somando aproximadamente 35 mm.
No total, julho de 2024 já acumulou cerca de 61 mm de chuva no Mirante de Santana, conforme medições automáticas. Contudo, essa precipitação ficou concentrada em apenas dois dias. Nos meses anteriores, a situação foi igualmente crítica:
- Junho: Chuviscos registrados em apenas 3 dias.
- Maio: Apenas 5 dias com alguma precipitação.
- Abril: Chuva em apenas 7 dias.
Com a previsão de continuidade da seca, a população deve tomar medidas para minimizar os efeitos da baixa umidade, como hidratar-se constantemente, evitar esforços físicos ao ar livre e utilizar umidificadores de ar em ambientes fechados.
Fique atento às recomendações dos meteorologistas e cuide-se para evitar problemas de saúde durante esse período de baixa umidade em São Paulo.
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