Apoio de Lula tira votos de Paes, indica pesquisa
Enquanto Bolsonaro teria a capacidade de elevar as intenções de voto de Ramagem de 14% a 30%, Lula reduziria os votos de Paes de 52% para 46%, aponta pesquisa Quaest sobre a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, 24, aponta o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD, à esquerda na foto), na liderança da corrida pela reeleição, com 49% das intenções de voto. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) aparece em segundo lugar, mas com apenas 13%, seguido pelo deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ). Os outros pré-candidatos têm menos de 3%.
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O levantamento, que foi encomendado pela Rádio Tupy, ouviu 1.104 pessoas de 19 e 22 de julho e tem três pontos percentuais de margem de erro, além de 95% de nível de confiabilidade.
Os números apontam estabilidade na corrida pela Prefeitura do Rio, mas já indicam movimentos causados por influência do presidente Lula (à direita na foto) e do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa, com sinais invertidos.
Padrinhos
“A pesquisa mostra que aumentou a influência que Lula e Bolsonaro podem ter nessa campanha do Rio. De um mês para cá, saiu de 22% para 27% a força do apoio de Bolsonaro na eleição; e de 19% para 23% a força do apoio de Lula”, analisou o diretor da Quaest, Felipe Nunes.
Enquanto Bolsonaro teria a capacidade de elevar as intenções de voto de Ramagem de 14% (em um cenário com menos candidatos) a 30%, Lula reduziria os votos de Paes de 52% para 46%.
“A especulação das forças de apoio em um cenário hipotético revela a potência, em especial, que Bolsonaro pode ter para Ramagem. Simulando Ramagem com Bolsonaro, ele vai a 30%. Lula como apoio a Paes, por outro lado, leva o prefeito a perder 6pts”, analisou Nunes.
Na rua
Bolsonaro participou dos primeiros eventos pré-eleitorais com Ramagem na sexta-feira, 19. Foi a primeira vez que os dois estiveram juntos em público após a divulgação de áudio da reunião em que os dois discutiram, em agosto de 2020, forma de reagir à investigação sobre rachadinha na época em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) era deputado estadual.
Em relação ao último levantamento, feito em junho, Ramagem oscilou positivamente três pontos percentuais (dentro da margem de erro), de 11% para 14%, no cenário com menos candidatos. Entre os evangélicos, contudo, o crescimento foi de 14% para 24%.
“Padrão parecido foi encontrado no eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022. Ramagem passou de 26% para 32%; mantendo-se com os mesmos baixos percentuais entre eleitores de Lula e entre quem não votou ou anulou o voto em 2022”, analisou Nunes.
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