Lula: brasileiro vai ficar ‘mais bonitão e mais gordo’ com aumento do mínimo
Política salarial do petista vai resultar em R$ 100 bilhões a mais em despesas para a Previdência nos próximos quatro anos
O presidente Lula (foto) prometeu nesta terça-feira (23) manter uma política de aumento do salário mínimo que terá grande impacto nos gastos previdenciários.
“Nesses dois anos, aplicamos 11% de reajuste por mérito no salário e vamos continuar, porque, quando o salário aumenta, o povo vira consumidor. A classe média vai vender mais”, declarou o petista em discurso no campus da Universidade Federal de São Carlos em Buri (SP), a 220 km da capital paulista, conforme o relato da Folha.
“O povo consumindo mais, e os agricultores vão ter o que plantar. Vai ter mais comida barata, e a gente vai ficar mais bonitão, mais gordo”, acrescentou o presidente.
Mais 100 bilhões em despesas
A política salarial de Lula prevê correção do salário mínimo pela inflação somada à variação do PIB de dois anos antes. O salário mínimo brasileiro está em R$ 1.412 desde janeiro deste ano.
O problema é que, no Brasil, os gastos com a Previdência Social estão atrelados às eventuais variações do mínimo. Segundo o jornal paulistano, a estimativa é que as despesas previdenciárias no país cresçam pelo menos 100 bilhões nos próximos quatro anos.
Com isso, a cúpula da Câmara dos Deputados já discute a necessidade de uma nova reforma da Previdência a partir de 2025 —ou seja, só depois das eleições municipais.
Estudantes e militantes do MST
A um público composto principalmente por estudantes e militantes do MST, Lula prometeu um investimento de R$ 79 milhões na UFSCar. Ele estava acompanhado dos ministros da Educação, Camilo Santana, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
O presidente elogiou o escritor Raduan Nassar, de 88 anos. Também produtor rural e petista célebre, Nassar doou à UFSCar a fazenda Lagoa do Sino, de 643 hectares —quatro vezes a área do parque Ibirapuera, destaca a Folha—, na qual a universidade instalou seu campus de Buri.
Lula afirmou ainda, segundo o jornal paulistano, que o Brasil está preparado para trilhar o mercado de energia limpa. Mas chamou a transição energética de “moda”.
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