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Coreia do Sul vai usar K-pop para retaliar Coreia do Norte

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 21.07.2024 09:06 comentários
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Coreia do Sul vai usar K-pop para retaliar Coreia do Norte

O uso do K-Pop e outras exportações culturais sul-coreanas como ferramentas diplomáticas e econômicas para elevar o prestígio do país e fortalecer a imagem internacional.

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Coreia do Sul vai usar K-pop para retaliar Coreia do Norte
Fonte: REUTERS

Em um ato que mistura música pop e tensões geopolíticas, a Coreia do Sul anunciou planos de usar k-pop como forma de retaliação contra a Coreia do Norte. Esta decisão vem após um novo incidente em que balões carregados de lixo foram enviados pelo regime norte-coreano para o território sul-coreano, incluindo despejos inusitados como bitucas de cigarro e fezes. O incidente ocorreu neste domingo (21), marcando mais um capítulo na contínua troca de provocações entre os dois países.

Estes episódios não são isolados, tendo antecedentes nos dias 8 e 10 de junho, quando similares remessas foram enviadas da Coreia do Norte para a do Sul. Ambos os países permanecem tecnicamente em estado de guerra, uma situação que persiste por mais de 71 anos sob um precário armistício. As ações repetidas de Pyongyang têm o potencial de acumular graves consequências, com Seul advertindo que qualquer fatalidade resultante será de responsabilidade do regime norte-coreano.

Por que a Coreia do Sul está usando k-pop como resposta?

O uso de k-pop nas transmissões fronteiriças é parte de uma tática maior de guerra psicológica que Seul vem implementando. “Como avisamos várias vezes, os militares realizarão transmissões em alto-falantes em todas as frentes a partir das 13h deste domingo”, declarou o Estado-Maior Conjunto de Seul, referindo-se à vulgaridade das ações norte-coreanas. Essa não é a primeira vez que a Coreia do Sul recorre à cultura pop como ferramenta de influência; transmissões semelhantes têm sido usadas como resposta a provocação por anos.

O que a Coreia do Sul espera alcançar com as transmissões?

  • Influenciar opiniões: As transmissões incluem não apenas música, mas também propaganda antigoverno e notícias mundiais, visando moldar as percepções dos cidadãos norte-coreanos.
  • Pressionar o governo norte-coreano: Através da exposição contínua à cultura e informações externas, Seul busca criar tensão interna no regime de Pyongyang.
  • Retaliação simbólica: Utilizando um produto cultural globalmente popular como o k-pop, a Coreia do Sul simboliza sua superioridade cultural e liberdade em contraste com o isolacionismo norte-coreano.

Qual é a história por trás das campanhas de transmissão?

A história das transmissões sonoras na fronteira remonta ao início da Guerra Fria, sendo um componente chave das estratégias de informação e influência de ambos os lados. Apesar de um breve período de silêncio após esforços de conciliação, os altos-falantes foram recentemente reativados como resposta às contínuas provocações norte-coreanas. Ativistas e desertores da Coreia do Sul também têm usado balões para enviar folhetos e outros itens para o norte, exacerbando as tensões.

Este método de comunicação é considerado uma arma eficaz na guerra psicológica, uma vez que quebra o controle rigoroso da informação pelo regime norte-coreano e introduz ideias contrárias à narrativa estatal. Como a música k-pop é altamente popular e simbólica da cultura jovem e vibrante do Sul, ela é vista como particularmente desafiadora para o regime de Kim Jong-un.

Enquanto as tensões continuam a escalar, e as respostas inovadoras como estas são empregadas, o mundo observa atentamente para ver como essa singular mistura de cultura pop e diplomacia se desenrolará. Certamente, a música k-pop nunca foi usada de maneira tão estratégica e política.

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