Ataque a porto no Iêmen mostra alcance de Israel, diz Netanyahu
O exército israelense lançou pela primeira vez um ataque aéreo direto contra os rebeldes Houthis no Iêmen
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto), afirmou que o ataque das forças de seu país no Iêmen “deixa claro aos nossos inimigos que não há lugar onde o longo braço de Israel não alcance”. Em uma declaração em vídeo divulgada na noite deste sábado, 20 de julho, ele elogiou as Forças de Defesa de Israel por uma operação “determinada, precisa e bem-sucedida”.
“Tenho uma mensagem para os inimigos de Israel – não se enganem a nosso respeito”, disse Netanyahu. “Vamos nos proteger de todas as maneiras, em todas as frentes. Qualquer um que nos prejudique pagará um preço muito alto pela sua agressão.”
Mais cedo, como noticiamos, o exército israelense lançou pela primeira vez um ataque aéreo direto contra os rebeldes Houthis no Iêmen. O bombardeio ocorreu um dia depois de o grupo apoiado pelo Irã ter reivindicado a responsabilidade por um ataque de drone em Tel Aviv.
Em sua declaração, Netanyahu também pediu que a comunidade internacional seja mais contundente em suas medidas contra o Irã.
“Qualquer pessoa que deseja ver um Oriente Médio estável e seguro precisa se posicionar contra o eixo do mal do Irã e apoiar a luta de Israel contra o Irã e os seus representantes – no Iêmen, em Gaza, no Líbano, em todos os lados.”
Netanyahu afirmou ainda que o ataque ao Porto de Hodeida, usado pelos Houthis como ponto de entrada para o seu fornecimento de armas, foi uma “resposta direta” ao ataque mortal de drones de sexta-feira em Tel Aviv.
“O porto que atacamos não é um porto inocente”, acrescentou Netanyahu. “Foi usado para fins militares, foi usado como ponto de entrada para armas mortais fornecidas aos Houthis pelo Irã. E usaram esse armamento para atacar Israel, para atacar os estados da região e para atacar algumas das rotas marítimas mais importantes do mundo.”
“Nos últimos oito meses”, disse o primeiro-ministro israelense, “os Houthis lançaram centenas de mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones contra Israel”.
Netanyahu também agradeceu aos Estados Unidos e a outros países pela ajuda na interceptação de projéteis Houthi durante este período.
Esse foi o primeiro ataque do tipo desde que os Houthis passaram a lançar drones e mísseis contra território israelense, em outubro de 2023. Até então, Israel havia se limitado a se defender dos ataques, deixando ações ofensivas para as forças dos EUA e do Reino Unido.
Os Houthis, rebeldes que controlam a parte ocidental do Iêmen, já disseram que irão responder ao bombardeio, depois de terem reivindicado o ataque de drone em Tel Aviv. A televisão Al-Massirah, ligada ao grupo, afirmou que os ataques de hoje atingiram “instalações de armazenamento de combustível”.
O bombardeio ocorreu pouco mais de um dia depois de o grupo apoiado pelo Irã ter reivindicado a responsabilidade por um ataque de drone em Tel Aviv que matou uma pessoa e feriu outras oito.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que os bombardeios de hoje ocorreram em retaliação por centenas de ataques lançados pelos Houthis contra o país desde outubro, incluindo o de sexta-feira.
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