Brasileiros participam do reforço policial nas Olimpíadas de Paris
Nas escadarias da basílica de Montmartre, entre moradores locais e turistas, policiais franceses circulam acompanhados de seus colegas brasileiros, com coletes à prova de balas estampados “policia federal”
A contagem regressiva começou antes do início dos Jogos Olímpicos, que ocorrerá na sexta-feira, 26 de julho. Na capital francesa, o onipresente arsenal de segurança é complementado por policiais estrangeiros vindos dos quatro cantos do mundo.
Nas escadarias da basílica de Montmartre, entre moradores locais e turistas, policiais franceses circulam acompanhados de seus colegas brasileiros, com coletes à prova de balas estampados “policia federal”.
Embora cerca de 35 mil agentes da polícia francesa e 18 mil soldados franceses estejam mobilizados durante os Jogos Olímpicos, ainda assim eles serão apoiados por um contingente considerável de agentes estrangeiros.
O ministro do interior, Gérald Darmanin, respondeu que tudo era perfeitamente normal e consistente com os maiores acontecimentos mundiais:
“Todos os grandes eventos internacionais, em todos os países do mundo, fazem isso”, disse o ministro do Interior, tomando como exemplo vários grandes eventos recentes: “os franceses garantiram o Campeonato do Mundo de Futebol no Qatar há alguns meses (em dezembro de 2022). Durante a Copa do Mundo de Rugby, tivemos policiais estrangeiros, que vieram nos ajudar. No Euro futebol que se realiza na Alemanha, e que acaba de terminar, estavam presentes franceses”, explicou.
1.750 agentes estrangeiros
No total, 1.750 membros das forças de segurança interna de cerca de quarenta países serão mobilizados em França neste verão.
“Uma grande parte deles será implantada em estações ferroviárias, aeroportos e em torno dos 39 locais olímpicos ou eventos desportivos”, disse o Ministério do Interior francês na sexta-feira, 19 de julho.
A principal missão destes reforços estrangeiros será realizar “prevenção de proximidade” e “patrulhas de última milha”, “o mais próximo possível dos locais e do público”, segundo fonte policial.
Policiais que não podem prender
A França também poderá contar com “especialistas no combate aos drones, guardas de fronteira, spotters (observadores de multidões), sapadores, cavaleiros e até motociclistas”, indica ainda o ministério.
O país está em alerta máximo de “ataque de emergência” desde o ataque terrorista em Moscou, em Março.
Não tendo prerrogativas judiciais em solo francês, estes reforços estrangeiros permanecerão sem poder de prisão. É por isso que estarão “sistematicamente em pares” com as forças de segurança interna francesas, sublinha o ministério.
Além disso, segundo informações do Le Parisien, os agentes estrangeiros não poderão usar símbolos religiosos.
A Grã-Bretanha, que por exemplo solicitou que os polícias da religião Sikh pudessem usar o seu dastar – um turbante – em França, não obteve parecer favorável, indica o diário.
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