Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque
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Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 18.07.2024 13:40 comentários
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Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque

O ex-diretor da Petrobras foi condenado a 45 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro

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Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A 12ª Vara Federal de Curitiba decretou, nesta quinta-feira, 18, a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato.

Duque foi condenado a 45 anos de prisão. Ele chegou a ficar preso durante cinco anos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, mas foi liberado após fazer um acordo para uso de tornozeleira eletrônica. O ex-executivo não está em Curitiba e, por isso, a PF foi acionada para tentar cumprir o mandado de prisão. Agora, ele voltará a cumprir pena em regime fechado.

Renato Duque é um dos personagens centrais da Lava Jato e um dos primeiros a ser condenado pelo ex-juiz Sergio Moro. A primeira condenação dele ocorreu em 2015, durante a 10ª fase da operação. Na época, ele respondeu pelo crime de associação criminosa e teve uma pena estabelecida em 20 anos e 8 meses de prisão.

Quais foram as condenações de Renato Duque?

Depois disso, ele recebeu mais 11 condenações entre março de 2016 e abril de 2021. Todas por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Em março de 2016, ele recebeu outra pena de 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem. Em maio daquele ano, uma nova pena expressiva: 10 anos também por corrupção.

Em depoimento prestado em 2019, Duque admitiu ao então juiz da Lava Jato Luiz Antonio Bonat que José Janene (PP) queria 5% dos contratos da Petrobras, mas o percentual era impraticável. Ele também relatou a atuação dos operadores de José Dirceu, que, segundo ele, também se beneficiou com propina desviada da estatal.

“Vantagem no negócio”

Em outro depoimento à Justiça Federal do Paraná, Duque admitiu a Bonat que ficou com parte da propina que “iria para o PT”. O valor? R$ 1,5 milhão, segundo ele.

“Quando a diretoria aprova a locação, conversando novamente com o [João] Vaccari [ex-tesoureiro do PT], ele me diz que não achava justo, razoável, que eu não levasse nenhuma vantagem no negócio”, disse Duque no depoimento.

“Ele [Vaccari] falou: ‘Olha, eu não acho justo, porque você sempre ajudou o partido, você não fez com que o processo emperrasse’. Eu aceitei, falei: ‘Aceito, você está querendo me oferecer um milhão e meio, dinheiro que iria pro PT, eu aceito’.”

Duque fala sobre a origem do Petrolão. Assista:

Correção: Uma primeira versão desta reportagem dizia que Renato Duque foi condenado a 98 anos de prisão, baseado no mandado de prisão que publicou a juíza Carolina Lebbos, responsável pelo caso. Ela corrigiu a informação, que também foi adequada no texto da reportagem.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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