Recorde: Esqueleto de Estegossauro é vendido por US$ 44,6 milhões
Um esqueleto de Estegossauro foi vendido por US$ 44,6 milhões em um leilão da Sotheby's, um recorde para fósseis de dinossauros.
O recente leilão na prestigiada casa Sotheby’s em Nova York foi palco de um evento histórico para o mundo da paleontologia. Um esqueleto incrivelmente bem-preservado de Estegossauro, apelidado de “Apex”, foi vendido por uma soma astronômica de US$ 44,6 milhões, cerca de R$ 250 milhões, estabelecendo um novo recorde para fósseis de dinossauros vendidos em leilões.
O fóssil, que superou todas as expectativas de venda, estava inicialmente estimado entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões. A descoberta de “Apex” foi realizada em terras privadas no Condado de Moffat, Colorado, pelo paleontólogo comercial Jason Cooper em 2022. Preservado em arenito duro, esse fato crucial evitou deformações nos 254 elementos ósseos descobertos de um total aproximado de 319.
Por que o Esqueleto de Estegossauro Atingiu Valor Tão Alto?
A raridade e a conservação excepcional de “Apex” são algumas das razões para o alto valor alcançado no leilão. Comparando com outros esqueletos de dinossauros famosos, como o T. rex e o Triceratops, há muito menos exemplares de Estegossauros bem preservados disponíveis. Essa escassez eleva consideravelmente o interesse e, consequentemente, os preços desses fósseis em leilões.
Qual a importância científica de “Apex”?
Segundo especialistas, “Apex” não apenas enriquece nosso conhecimento sobre os Estegossauros, mas também sobre os ecossistemas em que viveram. Existem ainda indicativos, como sinais de artrite nos ossos, que sugerem que o indivíduo alcançou uma idade avançada, provendo aos cientistas dados valiosos sobre a longevidade e as condições de vida desses animais pré-históricos.
Apesar de sua importância científica indiscutível, a venda de “Apex” para um comprador privado gerou debates na comunidade científica. Muitos paleontólogos, incluindo Steve Brusatte, defendem que tais fósseis deveriam estar acessíveis ao público em museus, e não em mãos privadas, para promover a educação e o interesse pela ciência.
Os leilões de fósseis beneficiam a ciência ou a privatizam?
Enquanto alguns argumentam que leilões como o de “Apex” trazem atenção e financiamentos para a paleontologia, outros veem isso como uma privatização do conhecimento científico que deveria ser de domínio público. A Sotheby’s anunciou que o novo proprietário de “Apex” explora a possibilidade de emprestar o fóssil para instituições nos EUA, o que poderia amenizar as críticas sobre o acesso público ao fóssil.
Esse recorde no leilão ilustra a contínua fascinação por dinossauros e destaca questões importantes sobre a conservação e exposição de nosso patrimônio paleontológico. “Apex” não só foi descoberto na América, como permanecerá no continente, propiciando, talvez, uma oportunidade para futuras exibições públicas que possam inspirar e educar as próximas gerações.
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