Serviço Secreto identificou o atirador três horas antes do atentado
Falha na vigilância e nos protocolos de segurança permitiu que Thomas Crooks agisse livremente antes dos disparos
No último sábado, 13, o Serviço Secreto dos Estados Unidos cometeu um erro grave ao perder de vista Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, três horas antes do jovem atirar contra Donald Trump em um comício em Butler, Pensilvânia. A falha expôs brechas alarmantes na segurança do evento.
Crooks foi inicialmente barrado por carregar um rangefinder, dispositivo utilizado por caçadores, enquanto tentava passar pelos detectores de metal. O equipamento, que se assemelha a binóculos, não impediu sua entrada, mas o colocou sob vigilância. No entanto, o Serviço Secreto perdeu o rastro de Crooks quando ele deixou a área segura.
Por volta das 17h30, Crooks foi novamente avistado rastejando e observando a área com o rangefinder, mas nenhuma ação foi tomada para detê-lo. Cerca de 40 minutos depois, ele se posicionou no telhado inclinado de um edifício próximo e disparou contra Trump, ferindo-o na orelha e matando Corey Comperatore, um chefe dos bombeiros aposentado.
As autoridades encontraram um colete à prova de balas e dois explosivos no carro de Crooks, além do rifle utilizado no ataque. Um detonador remoto também foi recuperado, levantando suspeitas de que Crooks poderia ter planejado mais ataques se tivesse escapado.
O xerife do condado de Butler, Michael Slupe, relatou que um policial local encontrou o atirador no telhado do prédio. O oficial foi içado ao telhado, mas ao ser avistado por Crooks, que apontou uma arma em sua direção, precisou recuar para evitar ser baleado. Slupe defendeu a ação do policial, afirmando que ele agiu corretamente ao não sacar sua arma enquanto se segurava no telhado. Embora não tenha impedido o ataque, a intervenção do policial foi considerada positiva por seus superiores, possivelmente atrasando os planos de Crooks e salvando vidas.
Esta série de falhas no protocolo de segurança destaca a necessidade urgente de revisão das medidas de segurança em eventos de alto risco. A incapacidade do Serviço Secreto de monitorar efetivamente uma ameaça identificada com antecedência levanta sérias preocupações sobre a eficácia e a preparação da equipe encarregada da proteção de figuras públicas.
Especialistas em segurança criticam a falta de ação imediata após o comportamento suspeito de Crooks ter sido notado. “Perder de vista alguém identificado como uma possível ameaça é inaceitável, especialmente em um evento de tal magnitude,” disse um analista de segurança.
A resposta inadequada e a falta de vigilância rigorosa por parte do Serviço Secreto não só permitiram que Crooks executasse seu plano, mas também colocaram em risco a vida de muitas outras pessoas presentes no comício.
Pais de atirador são terapeutas especializados em saúde mental (oantagonista.com.br)
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