Paris 2024: como será a abertura? como é a vila olímpica?
As acomodações da vida olímpica têm recebido críticas. As camas oferecidas nos quartos de 12 metros quadrados cada serão à base de papelão e por isso têm sido apelidadas de camas “antissexo”. Os quartos também não têm ar-condicionado
A Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris 2024 será no dia 26 de julho com início previsto para as 14h30 (horário de Brasília).
Notre-Dame, o Louvre, o Museu d’Orsay… O Sena e os monumentos emblemáticos de Paris estarão no centro da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, mantida em segredo até ao Dia D, que irá misturar arte e esporte no coração da Cidade Luz.
Apenas cerca de dez pessoas, entre as quais a romancista Leïla Slimani, o historiador Patrick Boucheron e a argumentista Fanny Herrero, conhecem o andamento deste espetáculo.
O espetáculo artístico e o desfile olímpico oficial serão reunidos no coração de Paris em uma única celebração de inauguração. De 6.000 a 7.000 atletas (de um total de 10.500), representando as nações participantes, desfilarão em 85 barcos no Sena com as cores de sua delegação, desde a Pont d’Austerlitz até a Torre Eiffel.
Cerca de 3.000 bailarinos, músicos e atores vão invadir as margens, as pontes e o céu, num percurso de seis quilómetros, ao longo do qual são esperados 326.000 espectadores.
Cerca de 80 telas gigantes também serão instaladas nas plataformas. O programa, acompanhado por mais de um bilhão de telespectadores, conterá, segundo a France Télévisions, sequências de vídeo gravadas previamente e inseridas na história.
Sem ar-condicionado e com cama de papelão
As acomodações da vida olímpica têm recebido críticas. As camas oferecidas nos quartos de 12 metros quadrados cada serão à base de papelão e por isso têm sido apelidadas de camas “antissexo”. Na prática, porém, não é bem assim. Segundo dados fornecidos pela organização dos Jogos apesar da aparência frágil, a cama à base de 80% de material reciclado aguenta até 200 quilos.
Mas a polêmica não para na questão dos leitos. Também o ar-condicionado – ou a ausência dele – anda dando o que falar. Tentando se manter fiel à cartilha da sustentabilidade, a prefeita Anne Hidalgo decidiu que não haverá aparelhos em nenhum dos 7 200 quartos. A razão: baixar o consumo de energia durante o torneio e poupar o meio-ambiente.
Insatisfeitas, as autoridades de vários países se queixaram, alegando que o calor poderia afetar o bom sono e a performance dos atletas. Ficou então acordado que cada qual pagará por seu lote de aparelhos – 300 euros a unidade.
O Brasil já encomendou 130 deles, ao custo total de 230 000 euros. Também os Estados Unidos pediram uma remessa. “Apreciamos o conceito de não ter ar-condicionado devido à pegada de carbono, mas estes são Jogos de alto desempenho. Não estamos indo a um piquenique”, declarou tom Matt Carroll, CEO do Comitê Olímpico americano.
“Tenho respeito pelo conforto dos atletas, mas penso muito mais na sobrevivência da humanidade”, disse a prefeita de Paris, do partido socialista.
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