Rivaldo Barbosa admite que a “milícia matou” Marielle Franco
O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa está preso por suposta obstrução das investigações sobre a morte da vereadora
Preso por suposta obstrução das investigações sobre a morte de Marielle Franco, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa afirmou que a “milícia matou” a vereadora do PSOL. Ele prestou prestou depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 15.
O delegado prestou depoimento como testemunha no pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso como suspeito de ser um dos mandantes do crime.
“Foi a milícia que matou Marielle. “Desde o dia 31 de maio de 1969, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Nem falei algo pessoal, profissional, ou pessoal. Na minha vida, eu nunca falei com eles. Eu não existo para eles. E eles não existem para mim, com o respeito que eu tenho ao ser humano”, disse Barbosa.
O delegado assumiu o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia após a morte da vereadora. Segundo a Polícia Federal, ele teria auxiliado os mandantes dos assassinatos no planejamento do crime e atrapalhado as investigações. Além de Chiquinho Brazão, o irmão dele, Domingos Brazão, auditor do Tribunal de Contas do RJ, também foi preso como suposto mandante da morte de Marielle.
Rivaldo Barbosa nega qualquer envolvimento no crime. Segundo ele, a única participação dele na investigação foi para designar o delegado responsável para apurar o caso, no caso o delegado Giniton Lages.
“Tudo o que fiz, enquanto chefe de polícia, foi indicar o delegado Giniton Lages, que conduziu as investigações sobre a morte da Marielle e chegou ao Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Giniton é um dos mais bem preparados para isto. Ele que pode responder melhor sobre detalhes da investigação”, disse Rivaldo.
Após a prisão do trio, o PSOL apresentou um pedido de cassação do mandato de deputado federal de Chiquinho Brazão. Os depoimentos irão continuar nesta terça-feira, 16, quando Domingos e o próprio parlamentar também deverão ser ouvidos pelo conselho.
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