Novo premiê britânico se distingue de Lula e reforça apoio à Ucrânia
Zelenski agradece a Starmer pela permissão de uso de mísseis Storm Shadow contra alvos militares em território russo
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, agradeceu nesta quarta-feira, 9 de julho, ao novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer (foto), do Partido Trabalhista britânico, “por toda a assistência militar e financeira” à defesa do país contra a invasão e os ataques das tropas do ditador da Rússia, Vladmir Putin.
“Nesta manhã, tomei conhecimento da permissão para usar mísseis Storm Shadow contra alvos militares em território russo. Hoje tivemos a oportunidade de discutir a implementação prática desta decisão.
Estou grato ao Reino Unido pelo seu apoio inabalável à Ucrânia e ao nosso povo”, escreveu Zelensky no X, ao publicar um vídeo do primeiro encontro entre os dois como governantes, após a vitória eleitoral de Starmer.
No diálogo entre eles, traduzido abaixo por O Antagonista, o primeiro-ministro reafirmou que “não haverá redução em nosso apoio à Ucrânia”.
— Bom ver você.
— Como você está?
— Muito feliz em conhecê-lo.
— Eu também estou.
— É muito bom vê-lo pessoalmente, como primeiro-ministro. Eu vi você como líder da oposição, falei com você quando eu liderava a oposição, mas vir aqui como primeiro-ministro é realmente importante para mim; e ter esta oportunidade logo no início de reafirmar que, como você sabe desde o começo, não haverá redução em nosso apoio à Ucrânia.
— Todas as mensagens do seu governo, da sua equipe e do povo do Reino Unido, nós somos muito gratos por suas palavras e ações, que foram importantes. Obrigado por estar conosco desde o início da guerra.
Storm Shadow (“Sombra da Tempestade”) é o nome em inglês do míssil de cruzeiro furtivo franco-britânico, de baixa altitude e longo alcance, lançado do ar. Questionado por repórteres da Bloomberg sobre seu uso contra o território russo, Starmer havia respondido mais cedo que “cabe à Ucrânia decidir como utilizar [os mísseis] para fins defensivos”, contanto que o faça “de acordo com o direito humanitário internacional”. A resposta foi interpretada pela revista americana e por Zelensky como autorização para casos de necessidade.
A diferença entre as esquerdas vencedoras das eleições no Reino Unido e no Brasil é clara.
Enquanto Lula se calou sobre o bombardeio russo contra um hospital infantil em Kiev e seu governo levou cerca de 20 horas para emitir uma nota que omite a responsabilidade da Rússia, o novo premiê britânico compartilhou na mesma manhã do dia 8 a postagem de Zelensky sobre o ataque e ainda comentou em cima:
“Atacando crianças inocentes. A mais depravada das ações.
Estamos ao lado da Ucrânia contra a agressão russa – o nosso apoio não vacilará.”
Na cúpula anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Washington, Starmer descreveu o bombardeio do hospital infantil como um “ataque absolutamente chocante e terrível” que forneceu “um cenário muito importante, embora trágico, para esta cúpula”.
Ele também mandou recado a Putin: “Esta cúpula deve ser vista como uma determinação clara e unida dos aliados da OTAN para defender a Ucrânia e resistir à agressão russa.”
O aliado de Lula, como o mundo inteiro já sabe, é o agressor.
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