Reajuste da gasolina ajuda bolsa e segura dólar
Moeda americana chegou a acumular mais de 3 centavos de alta no dia, mas encerrou as negociações em 5,47 reais (com acréscimo de 1 centavo de real)
O anúncio do aumento nos preços da gasolina e do gás pela Petrobras mudou o clima no mercado financeiro durante o dia. Os vinte centavos a mais por litro do combustível não chegam nem perto de zerar a defasagem praticada pela estatal, mas mostrou ao mercado que a nova CEO da petroleira, Magda Chambriard, pelo menos por enquanto, deve manter a política de preços tão “abrasileirada” quanto o antecessor Jean Paul Prates.
De acordo com relatório da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) divulgado nesta segunda-feira, 8, a gasolina vendida nas refinarias da Petrobras estaria com um deságio de 59 centavos de real por litro de combustível (com base nos preços de fechamento de mercado do dia 5 de julho).
A notícia ajudou as ações da estatal negociadas na bolsa brasileira e contribuiu para evitar um fechamento no vermelho do Ibovespa, principal índice acionário do país. Os papeis da petroleira foram as principais contribuições positivas para o indicador, que terminou as negociações em alta de 0,22%, aos 126,5 mil pontos.
Além da Petrobras (PN +2,45% e ON +2,33%), as ações da Weg (+5,40%) e da B3 S.A. (+1,62%) formaram o grupo das três principais empresas que empurraram o Ibovespa para o terreno positivo.
Do lado negativo, os papéis de Vale (-0,79%), Banco do Brasil (-1,65%) e Suzano (-2,79%) foram os maiores detratores do indicador no dia.
O dólar, que chegou a bater 5,49 reais na máxima do dia, pouco antes do anúncio da Petrobras, encerrou a sessão em alta de apenas 1 centavo de real, cotado a 5,47 reais. Apesar da melhora na segunda metade da segunda-feira, 8, ainda assim, a moeda brasileira perdeu valou contra a maioria dos pares emergentes.
Os juros futuros também melhoraram na esteira da decisão da estatal, que foi entendida como um sinalização de respeito do governo à iniciativa privada. As taxas recuaram em todos os vencimentos, com os prazos mais longos em queda próxima a quatro pontos base e os intermediários levemente abaixo desse nível.
Apesar do movimento, a retirada de prêmio da curva futura, que chegou a precificar cerca de 1,5 ponto percentual de aumento na Selic até o fim do ano, ficou estável na comparação com sexta-feira, 5, em torno de 0,60 p.p. de alta na taxa básica de juros até dezembro de 2024.
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