“Os próximos meses serão muito mais brutais do que pensamos”
Viktor Orbán alertou sobre uma nova escalada dos combates na Ucrânia. “Acredite em mim: os próximos dois ou três meses serão muito mais brutais do que pensamos”, disse o primeiro-ministro húngaro, numa entrevista ao “Bild” e outros meios de comunicação
Viktor Orbán, alertou sobre uma nova escalada dos combates na Ucrânia. “Acredite em mim: os próximos dois ou três meses serão muito mais brutais do que pensamos”, disse o primeiro-ministro húngaro, numa entrevista ao “Bild” e outros meios de comunicação.
O chefe do governo da Hungria está percorrendo o mundo como autonomeado mediador da paz. Orbán viajou para Kiev e Moscou na semana passada. O seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, poucos dias depois de a Hungria assumir a presidência do Conselho da UE, foi recebido com duras críticas na UE. Nessa segunda-feira, 8 de julho, Orbán, que se autodenominou em “missão de paz”, chegou à China para uma visita.
Numa entrevista ao “Welt”, Orbán reiterou o seu apelo às negociações de paz. Agora é o momento certo para passar “da política de guerra para a política de paz”. “Eu não discuto sobre quem está certo e quem está errado. Porque o meu objetivo é a paz e o cessar-fogo”, acrescentou.
O primeiro-ministro húngaro acusou a União Europeia de copiar a “política de guerra” dos EUA e afirmou que isso tinha de parar. O que falta à UE, segundo Orbán, é a sua própria abordagem estratégica. “Os europeus deveriam prosseguir uma política externa independente”, afirmou.
Antes da viagem à Ucrânia e à Rússia, Orbán também visitou os chefes de governo da Alemanha, Itália e França. No entanto, “quase não houve acordo” com o chanceler Olaf Scholz (SPD) em relação à Ucrânia, disse Orban na entrevista.
Angela Merkel sabia “isolar os conflitos”
Orbán, no entanto, encontrou palavras de elogio à antecessora de Scholz, a ex-chanceler Angela Merkel (CDU). Embora os dois chefes de governo tivessem opiniões diferentes em muitas áreas, Merkel tinha uma “compreensão clara não só da Alemanha, mas de toda a Europa Centro-Oriental e também da Rússia”.
Segundo Orbán, não teria havido uma invasão da Rússia sob Merkel. A Chanceler tinha a capacidade de “isolar os conflitos que são maus para a Europa”.
Trump como mediador na guerra da Ucrânia
Na sua opinião, uma presidência renovada de Donald Trump poderia ser uma nova oportunidade. “Trump acredita mais na comunicação direta e na negociação do que os decisores políticos europeus normais, mais orientados intelectualmente”, disse Orban. Ele é empresário e por isso tem uma “abordagem diferente”.
A Rússia vai atacar a Otan?
Segundo Orban, um ataque da Rússia aos Estados membros da Otan está fora de questão. “Atacar a Otan é completamente impossível – não só para a Rússia, mas para qualquer pessoa no mundo – porque a Otan é de longe a comunidade militar mais forte”, disse o chefe do governo húngaro. “Nenhuma pessoa séria pode dizer que a Rússia tem qualquer intenção de atacar a Otan.”
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