Vídeo: Venda de crianças é defendida por senador aliado de Milei
"As crianças não são mercadorias, e tal apropriação jamais deveria ser confundida com adoção legal.", falou uma parlamentar de oposição.
A recente sessão no Senado da Argentina foi palco de um debate acalorado acerca de uma proposta polêmica que visa alterar o Código Penal no artigo relacionado à “venda de crianças”.
A discussão centrou-se em uma emenda inesperada proposta pelo senador Pagotto, aliado do presidente Javier Milei, que gerou forte reação entre os políticos, em especial, da oposição.
Na ocasião, o senador Pagotto leu em plenário uma versão do texto que isentava os pais que, em “estado de necessidade”, entregassem seus filhos, alegando que algumas famílias com muitos filhos poderiam recorrer a essas medidas extremas.
A senadora Juliana di Tullio prontamente interveio, acusando-o de não apresentar o parecer acordado, mas uma proposta distinta ainda em discussão.
O que muda com a nova emenda do Código Penal?
A proposta de alteração do artigo 139 bis do Código Penal introduzida pelo senador modificar-se-ia a legislação vigente que impõe pena de prisão de quatro a 10 anos a quem entrega ou recebe um menor sob condições comerciais.
A versão original da comissão excluía a criminalização em circunstâncias de vulnerabilidade e saúde mental comprometida, mas sem precedentes legais.
Impacto social da legislação sobre “venda de crianças”
Críticos da emenda, como a organização “Militamos la Adoção”, argumentam veementemente contra a mercantilização das crianças, enfatizando que a alteração poderia facilitar abusos e a exploração de menores sob o pretexto de “necessidade”.
Declaram que “As crianças não são mercadorias, e tal apropriação jamais deveria ser confundida com adoção legal.”
Argumentos do Senador Pagotto
Defendendo sua posição, o Senador Pagotto argumenta que a legislação atual desconsidera as realidades extremas de algumas famílias que, sem opções, veem-se forçadas a tomar decisões drásticas para garantir a sobrevivência dos demais filhos.
No entanto, essa visão é vista com ceticismo e preocupação por outros legisladores e pela sociedade civil, que temem um retrocesso nos direitos das crianças.
Com tal proposição de lei causando divisões claras entre os legisladores e provocando um debate público intenso, observa-se uma necessidade urgente de revisão cuidadosa e debates mais aprofundados antes de qualquer decisão ser tomada.
O futuro desta emenda é incerto e mantém a sociedade em vigilância quanto às proteções legais concedidas às crianças dentro do território argentino.
Resta agora acompanhar os próximos passos do Senado argentino e a reação da sociedade civil para garantir que as mudanças no Código Penal reflitam o compromisso do país com a proteção integral dos direitos das crianças, evitando decisões que possam comprometer sua segurança e bem-estar.
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