Mais uma ativista condenada à morte no Irã Mais uma ativista condenada à morte no Irã
O Antagonista

Mais uma ativista condenada à morte no Irã

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 05.07.2024 11:50 comentários
Mundo

Mais uma ativista condenada à morte no Irã

A ativista iraniana de direitos trabalhistas, Sharifeh Mohammadi, foi condenada à morte. Um tribunal revolucionário acusa-a de resistência armada contra a República Islâmica

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 05.07.2024 11:50 comentários 0
Mais uma ativista condenada à morte no Irã
Reprodução

A ativista iraniana de direitos trabalhistas, Sharifeh Mohammadi, foi condenada à morte. Mohammadi fez campanha veementemente pelos direitos dos trabalhadores na província de Gilan, no Mar Cáspio.

Um tribunal revolucionário na cidade de Rasht, no norte do país, acusa-a de resistência armada contra a República Islâmica, escreveu hoje o portal de notícias Iranwire.

O portal informou que a família ficou em choque com o veredito e agora tenta forçar uma revisão da sentença de morte por meio de novos advogados. Ainda não houve qualquer confirmação do judiciário iraniano.

De acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, durante a sua detenção, Mohammadi foi privada dos direitos básicos dos prisioneiros, como visitas pessoais e chamadas telefônicas.

Durante muito tempo, foi-lhe negada a visita da família, especialmente do filho, e não lhe foi permitido contactá-los por telefone.

A tortura física e psicológica infligida a Mohammadi por funcionários do Ministério da Inteligência foi constantemente denunciada. Vida Mohammadi, prima de Sharifeh, afirmou que os presos em outras celas testemunharam repetidamente a tortura de Mohammadi.

Direitos trabalhistas

Segundo Vida, Sharifeh foi membro do Comitê de Coordenação para o Estabelecimento de Organizações Trabalhistas, uma organização independente e legal, que existe há 10 anos. Ela enfatizou que Mohammadi não tem afiliação com nenhuma organização política dentro ou fora do país e só conduziu atividades para mulheres ou em apoio aos trabalhadores.

Anteriormente, em 26 de junho, a mãe de Mohammadi expressou preocupação com a condição de sua filha em um vídeo e pediu informações sobre ela. O marido de Mohammadi também foi preso por acompanhar a sua situação e foi recentemente libertado.

Mohammadi, presa em dezembro de 2023, é uma das últimas vítimas de uma onda de execuções destinadas a reprimir a dissidência.

No ano passado, 834 iranianos foram executados, segundo as Nações Unidas, marcando um recorde e um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Pelo menos 22 dos executados eram mulheres, o que faz do Irã o principal carrasco de mulheres do mundo. Os números de 2023 foram os mais elevados desde 2014.

Em Janeiro, a ONU apelou ao fim da “horrível onda de execuções” em curso. Os protestos no Irã intensificaram-se no meio das manifestações “Mulher, Vida, Liberdade”, logo após a morte de Mahsa Amini sob custódia da polícia moral, mas foram fortemente reprimidos.

“Cave duas sepulturas”


Farhad Meysami, um ativista civil, opôs-se à sentença de morte proferida a Mohammadi na quinta-feira, 4 de julho, e prometeu fazer greve de fome em frente ao Tribunal Revolucionário em Rasht se a sentença não for revogada. Num comunicado, ele declarou: “Se você quer executar Mohammadi, cave duas sepulturas”.

A Campanha para Defesa de Mohammadi declarou no Instagram: “Esta sentença é baseada no pretexto de que Mohammadi era membro de uma organização trabalhista independente, pública e legal há uma década, demonstrando a falta de fundamento do veredicto.” A campanha classificou a decisão como tendo a intenção de incutir medo entre os ativistas, à medida que o governo continua a oprimir quaisquer vozes dissidentes.


A campanha apelou à absolvição e libertação incondicional de Mohammadi, declarando: “Esta sentença não é apenas contra Sharifeh, mas é uma declaração de guerra e uma sentença de morte contra todos os ativistas sociais e civis.”


  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Esquerda é rifada da eleição mais disputada da história em Belo Horizonte

Visualizar notícia
2

Lula perde força na região Nordeste nas eleições de 2024

Visualizar notícia
3

“Não entendo por que Lula não quer eleições democráticas na Venezuela”

Visualizar notícia
4

Filha de médico usado em laudo falso pede inelegibilidade de Marçal

Visualizar notícia
5

“Mais uma vez, tentam nos calar”, diz Marçal, sobre nova suspensão do Instagram

Visualizar notícia
6

Eleições de 2024 devem consolidar ‘bolsonarização’ do Norte do país

Visualizar notícia
7

São Paulo terá eleição mais disputada da história e PSDB vira nanico

Visualizar notícia
8

Nunes descarta buscar apoio de Marçal: “Não falo com bandido”

Visualizar notícia
9

Eleições podem ser definidas em 1º turno em duas das três capitais do Sul

Visualizar notícia
10

Eleições de 2024 se transformam em treino para 2026

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Ramagem vota acompanhado de Bolsonaro e Carluxo

Visualizar notícia
2

“Mais uma vez, tentam nos calar”, diz Marçal, sobre nova suspensão do Instagram

Visualizar notícia
3

Filha de médico usado em laudo falso pede inelegibilidade de Marçal

Visualizar notícia
4

Eleições podem ser definidas em 1º turno em duas das três capitais do Sul

Visualizar notícia
5

“Não entendo por que Lula não quer eleições democráticas na Venezuela”

Visualizar notícia
6

Eleições de 2024 devem consolidar ‘bolsonarização’ do Norte do país

Visualizar notícia
7

Lula perde força na região Nordeste nas eleições de 2024

Visualizar notícia
8

Nunes descarta buscar apoio de Marçal: “Não falo com bandido”

Visualizar notícia
9

Crusoé: O vermelho, o negro e a Copa do Brasil

Visualizar notícia
10

Ramagem avança, mas Paes pode vencer no Rio em primeiro turno

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

República Islâmica do Irã
< Notícia Anterior

VENEZUELA X CANADÁ: Horários e onde assistir

05.07.2024 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Alerta em SP: Roubo de material radioativo causa caos

05.07.2024 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

O Antagonista é um dos principais sites jornalísticos de informação e análise sobre política do Brasil. Sua equipe é composta por jornalistas profissionais, empenhados na divulgação de fatos de interesse público devidamente verificados e no combate às fake news.

Suas redes

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Cometa se aproxima da Terra

Cometa se aproxima da Terra

Visualizar notícia
“Não entendo por que Lula não quer eleições democráticas na Venezuela”

“Não entendo por que Lula não quer eleições democráticas na Venezuela”

Visualizar notícia
Massacre no Haiti: Gangues matam  70 pessoas, sendo 3 crianças

Massacre no Haiti: Gangues matam 70 pessoas, sendo 3 crianças

Visualizar notícia
Inundações na Bósnia deixam 16 mortos

Inundações na Bósnia deixam 16 mortos

Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.