Começam oficialmente as campanhas eleitorais na Venezuela
Com María Corina Machado liderando a campanha e Edmundo González como único candidato da oposição, a Plataforma Democrática Unitária busca derrotar Maduro nas urnas e pôr fim aos 25 anos de chavismo no país
Começam nesta quinta-feira, 4 de julho, oficialmente, as campanhas eleitorais na Venezuela para as eleições presidenciais de 28 de julho.
Com María Corina Machado liderando a campanha e Edmundo González como único candidato da oposição, a Plataforma Democrática Unitária busca derrotar Maduro nas urnas e pôr fim aos 25 anos de chavismo no país.
Há expectativa no país sobre o que poderá acontecer durante o início da campanha , uma vez que a perseguição política contra a oposição tem recrudescido desde o resultado das primárias, na qual Maria Corina Machado despontou como a grande liderança política da Venezuela capaz de unificar a oposição e derrotar fragorosamente Nicolás Maduro, caso a eleição venha a ser idônea, o que se mostra pouco provável.
A este respeito, o cientista político Ángel Medida Devis destacou que “as eleições presidenciais na Venezuela não são livres, nem claras, nem transparentes”. “São eleições que se apresentam num cenário de semicompetitividade ou de competitividade muito reduzida que tem tido vários episódios de limitações logísticas que foram impostas especialmente à opção de Edmundo González Urrutia”, observou.
A capital do país, Caracas, será palco de comícios de campanha política, tanto do partido no poder como da oposição. Além disso, são esperados comícios em outras regiões do país sem a presença dos candidatos.
Segundo Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e chefe da campanha de Maduro, duas marchas gigantescas acontecerão em Caracas em direção ao Palácio Miraflores.
No caso da campanha da oposição, Edmundo González e María Corina Machado partirão em caravana às 4 da tarde de Chacaíto a El Marqués. “Nesta quinta-feira, 4 de julho, em toda a Venezuela, em todos os estados e em Caracas vamos com nossas caravanas pela liberdade até a vitória, até o fim”, disse María Corina Machado.
Observação internacional
Perante o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a líder da oposição María Corina Machado pediu, nesta quarta-feira, 3 de julho, aos membros do Conselho e a toda a comunidade internacional que não abandonem a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro para que – a menos que um mês antes das eleições presidenciais – o Acordo de Barbados seja cumprido, permitindo que os venezuelanos tenham um processo eleitoral limpo e livre.
Durante sua intervenção, María Corina detalhou a escalada da repressão e perseguição contra líderes da oposição e membros do Comando de Campanha do candidato presidencial Edmundo González Urrutia.
“Senhor Presidente, faltando menos de um mês para as eleições presidenciais na Venezuela, a repressão, a perseguição, os desaparecimentos forçados e as prisões arbitrárias de líderes políticos nacionais e regionais e de membros diretos da equipe de campanha do candidato Edmundo González Urrutia se intensificaram. Já há 31 venezuelanos presos e 6 sob asilo diplomático na Embaixada da Argentina em Caracas sem que lhes seja concedido o devido salvo-conduto”, explicou a líder da oposição.
Maria Corina recordou os mecanismos de intimidação durante a campanha como “cortes de energia eléctrica, suspensão do fornecimento de gasolina, encerramento de negócios de pessoas que nos apoiam, como um pequeno restaurante que foi fechado apenas porque nos vendeu almoços ou um motorista de ônibus cuja licença foi confiscada por levar seguidores para uma reunião comigo.”
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