Remédio que atrasa a progressão do Alzheimer é aprovado nos EUA
Medicamento, cujo lançamento nos EUA está previsto para breve, será distribuído sob o nome comercial Kisunla.
Um novo remédio promissor chamada Kisunla, desenvolvida pela gigante farmacêutica Eli Lilly, está chamando a atenção da comunidade médica e científica após resultados positivos em teste clínico contra o mal de Alzheimer.
Publicados na revista científica Jama, esses dados sugerem uma mudança significativa na luta contra o Alzheimer, uma doença cerebral debilitante que afeta milhões de indivíduos ao redor do mundo.
O medicamento, cujo lançamento nos EUA está previsto para breve, será distribuído sob o nome comercial Kisunla e custará cerca de 12 mil dólares para seis meses de terapia.
Segundo Anne White, presidente de neurociência da Lilly, as descobertas sublinham a importância de detectar e diagnosticar a doença precocemente, possibilitando uma abordagem terapêutica mais eficaz e alterando consideravelmente o seu curso.
Kisunla: remédio que atraso o Alzheimer é aprovado
O fármaco obteve uma recepção entusiástica nos Estados Unidos, onde recentemente foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA).
Durante o processo de avaliação, um comitê de consultores da FDA votou unanimemente a favor dos dados apresentados sobre sua eficácia, com a diretora do Escritório de Neurociência no Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Teresa Buracchio, endossando a decisão.
O Kisunla age combatendo o acumulo de beta-amilóide, uma proteína que forma placas tóxicas no cérebro e é uma das marcas registradas do Alzheimer.
O medicamento demonstrou, de maneira convincente, sua capacidade de reduzir o ritmo de declínio cognitivo e funcional em pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.
Resultados do estudo clínico
Publicado na conhecida revista científica Jama, o estudo que testou o Kisunla incluiu 1.736 pacientes e revelou uma diminuição de 60% na progressão do Alzheimer nos indivíduos tratados.
Este impacto diminuiu conforme a idade e o estágio da doença, mas permaneceu substancialmente significativo para oferecer esperança a muitas famílias.
Ainda que a droga tenha mostrado um perfil de efeitos colaterais, como inchaço cerebral em determinados pacientes, a maioria dos casos foi administrada com segurança mediante acompanhamento por ressonância magnética ou cessação do tratamento, conforme indicado pela professora de pesquisa da doença de Alzheimer na Escola de Medicina da Universidade de Indiana, Liana Apostolova.
Efeitos a longo prazo
Ao final dos 18 meses de estudo clínico, os resultados sugeriram que mesmo aqueles pacientes que interromperam o uso do medicamento continuaram a apresentar benefícios significativos.
Anne White comenta que, uma vez que os depósitos amiloides são eliminados, o tratamento com o Kisunla pode ser interrompido, reforçando a efetividade e a segurança de longo prazo da terapia.
Com a possível chegada do Kisunla ao Brasil ainda em aberto, aguardando a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comunidade médica e pacientes brasileiros mantêm alta expectativa para que essa nova ferramenta possa brevemente fazer parte das opções disponíveis no tratamento do Alzheimer no país.
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