Crusoé: Milei visitará Brasil para evento com Bolsonaro
Reunião com ex-presidente não está confirmada; Casa Rosada confirmou que Milei não irá à cúpula do Mercosul, onde estará Lula
O presidente da Argentina, Javier Milei, deve visitar o Brasil nos próximos dias, neste início de julho, para participar de um evento com a presença também do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A informação repercute na imprensa argentina nesta segunda-feira, 1º de julho.
O evento em questão é a cúpula de políticos de direita conhecida como Conservative Political Action Conference (CPAC).
No Brasil, ela é organizada pelo Instituto Conservador Liberal, presidido no Brasil pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A edição deste 2024 ocorre em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, entre 6 e 8 de julho.
Além de Milei e Bolsonaro, o ex-presidenciável chileno José Antonio Kast também participará do evento.
A imprensa argentina reporta com base em fontes não identificadas que o argentino e o brasileiro se reunirão.
Em coletiva nesta segunda, o assessor de imprensa da Casa Rosada, Manuel Adorni, não confirmou: “Sobre o possível encontro no fim de semana com o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro, não há nenhuma confirmação de que isso venha a ocorrer“.
Adorni, em contrapartida, confirmou que Milei não comparecerá à cúpula de chefes de Estado do Mercosul, onde estará Lula, em Assunção, no Paraguai, entre 4 e 8 de julho por sobrecarga na agenda.
A ministra das Relações Exteriore, Diana Mondino, é quem representará a Argentina na cúpula.
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Lula quer desculpas de Milei
Lula disse que não vai conversar com o presidente argentino, Javier Milei, enquanto o argentino não encaminhar um pedido de desculpas ao país e ao próprio petista. A declaração, feitanesta quarta-feira, 26, amplia o racha entre os dois países, parceiros estratégicos na região — mas que tem governos de matrizes opostas, que se bicam constantemente desde ao menos o ano passado.
Questionado por jornalistas do Uol sobre as negociações com os governos uruguaio e argentino a respeito de foragidos do 8 de Janeiro que debandaram para estes países. Ao dizer que está tratando da questão na forma “mais diplomática possível”, o petista não escondeu um ranço com o presidente libertário, que tomou posse em dezembro de 2023.
“Eu não conversei com o presidente da Argentina porque eu acho que ele tem de pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem”, afirmou o presidente. “Eu só quero que ele peça desculpas, e a Argentina é um país que eu gosto muito […] Não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre o Brasil e a Argentina”
Ao fim,…
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