General boliviano é indiciado por terrorismo e levante
General Juan José Zuñiga diz ter enviado blindados para o centro de La Paz atendendo a pedido do próprio presidente Luis Arce
O general boliviano Juan José Zuñiga (foto), que enviou blindados e tropas fortemente armadas para a praça onde fica o palácio presidencial da Bolívia, foi oficialmente indiciado pelo Ministério Público do país pelos crimes de terrorismo e levante armado contra o Estado.
Na sexta-feira, 28, a Justiça boliviana decretou a prisão preventiva de seis meses do general. Ele ficará detido junto com o ex-comandante da Marinha, Juan Arnez, e o ex-chefe da Divisão Mecanizada do Exército, Edison Irahola. Eles são considerados cúmplices de Zúñiga na tentativa de golpe.
Como mostramos, o general boliviano afirmou que enviou blindados para o centro de La Paz atendendo a um pedido do próprio presidente Luis Arce Catacora.
Crise política
Na quarta-feira, 26, tropas e blindados cercaram a Praça Murillo, no centro de La Paz, onde fica a sede do Executivo, o Palácio Quemado, e o Congresso.
No meio da confusão, Zuñiga ficou cara a cara com o presidente Luis Arce Catacora. Os dois conversaram e nada de grave aconteceu.
Catacora deu um pito no general. O presidente não foi preso e seguiu dando ordens, tanto que substituiu seus ministros militares. Zuñiga, minutos depois, deixou o lugar com seus homens e blindados camuflados.
“O que vimos hoje na Bolívia foi um episódio embaraçoso que mostra a decadência do governo liderado pelo Movimento ao Socialismo, MAS, que pretendeu fazer um show midiático com um suposto autogolpe, com características ridículas“, disse o cientista político boliviano Santiago Terceros, que vive em Santa Cruz de la Sierra, a Crusoé.
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