Poluição do ar foi responsável por mais 8 milhões de mortes em 2021
A recente publicação do relatório "Estado do Ar Global 2024" trouxe à luz dados alarmantes sobre o impacto da qualidade do ar na saúde mundial.
A recente publicação do relatório “Estado do Ar Global 2024” trouxe à luz dados alarmantes sobre o impacto da poluição do ar na saúde mundial.
Segundo o estudo, divulgado no dia 19 de junho de 2024, aproximadamente 8,1 milhões de mortes em 2021 foram atribuídas a esta causa, representando 12% do total de óbitos no ano.
O documento aponta que a Índia e a China são as nações mais afetadas, com 2,1 milhões e 2,3 milhões de mortes respectivamente, o que compreende mais da metade da carga global de doenças originadas pela poluição atmosférica.
Principal causa das mortes por poluição do ar
As mortes relacionadas à poluição do ar são predominantemente causadas por partículas minúsculas conhecidas como MP2,5.
Esses materiais particulados finos, resultantes principalmente da emissão de veículos e da queima de biomassa, são perigosos pois podem se alojar nos pulmões e entrar na corrente sanguínea.
Efeitos devastadores nos mais vulneráveis
No Brasil e outros países em desenvolvimento, as estatísticas também são preocupantes.
A pesquisa destacou as condições no Brasil, onde foi observado um aumento de mais de 10% na exposição ao ozônio nos últimos dez anos.
Além disso, o impacto da poluição do ar em crianças abaixo de cinco anos é particularmente grave, com quase 169,4 mil mortes infantis atribuídas a essa causa em solo brasileiro durante o período analisado.
Poluição do ar afeta a saúde a longo prazo
Além dos riscos imediatos, a presença de MP2,5 no ar está associada ao aumento de doenças crônicas como problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e diversos tipos de câncer.
Estudos como o State of Global Air são essenciais para entender a dimensão dos prejuízos causados pela poluição do ar e buscar soluções eficazes.
Elena Craft, presidente do Health Effects Institute, afirma que melhorar a qualidade do ar é uma medida tanto prática quanto possível, e que os dados apresentados devem servir de inspiração para implementação de políticas públicas eficientes no controle da poluição atmosférica.
A conclusão do relatório aponta para a necessidade urgente de abordar a qualidade do ar como uma questão de saúde pública fundamental, dada a sua capacidade de afetar desproporcionalmente as populações mais vulneráveis e contribuir significativamente para a prevalência de doenças crônicas em escala global.
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