Inflação americana e entrevistas de Lula movimentam mercados
Números da PNAD ((Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua também estão no radar dos investidores e devem mostrar queda no desemprego
Os investidores devem manter a atenção a novas falas do presidente após as fortes altas no dólar em função da resistência do petista a cortes de gastos. Na tarde de quinta-feira, 27, Lula finalmente fez um aceno na direção de algum controle das despesas e provocou um recuo da moeda americana frente ao real.
A divisa dos Estados Unidos chegou a bater 5,54 reais durante a dia, até o meio da tarde, quando o petista disse haver “espaço para corte de gastos” em entrevista. Os juros futuros acompanharam a melhora no sentimento do mercado e também se afastaram das máximas.
A decisão do México de manter a taxa de juros por lá inalterada em 11% também ajudou as moedas emergentes em geral.
Na agenda econômica local, os números da PNAD ((Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua deve apontar nova queda no desemprego. A expectativa é que a taxa de desemprego da PNAD, referente ao trimestre móvel encerrado em maio indique mercado de trabalho ainda aquecido, com novo recuo para 7,3% no período, contra 7,5% registrado em abril.
No exterior, os dados do PCE (Índice de Gastos com Consumo Pessoal) também pode mexer com as expectativas dos agentes econômicos. As estimativas são de inflação em zero para o indicador em maio, após alta de 0,3% em abril. Na leitura anual, o PCE deve apesentar leve recuo de 2,7% para 2,6% nos últimos 12 meses até maio.
Além disso, o mercado deve avaliar também os impactos do debate entre Donald Trump e Joe Biden na noite de quinta-feira, 27, com desempenho do atual presidente americano considerado bastante ruim por boa parte dos analistas.
Na Europa, a bolsa francesa recua dois dias antes das eleições parlamentares, com receios de que um novo governo tome uma direção mais populista e endivide mais o país.
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