Miliciano Orlando Curicica é condenado no Rio
A vítima do atentado, Célia Cristina, foi baleada em junho de 2015 na Estrada de Curicica, Zona Oeste do Rio
A Justiça do Rio condenou nesta quarta-feira (26) o miliciano Orlando de Oliveira Araújo, conhecido como Orlando Curicica, a 19 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado contra Célia Cristina de Souza Silva. A sentença, proferida pelo 3º Tribunal do Júri do Rio, determina que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado.
Célia Cristina foi baleada em junho de 2015 na Estrada de Curicica, Zona Oeste do Rio. No momento do ataque, ela estava em um carro dirigido por seu marido, Wagner Raphael de Souza, que morreu no local.
A denúncia indicou que o crime foi motivado por Wagner ter alugado um terreno para um circo sem a permissão de Orlando, resultando em uma discussão entre eles pouco antes do ataque. Renato Nascimento dos Santos, conhecido como Renatinho Problema, também foi citado como participante do crime.
Os jurados decidiram que os réus não tiveram envolvimento na morte de Wagner, condenando Orlando apenas pela tentativa de homicídio de Célia. A sentença manteve a prisão preventiva de Orlando, negando o direito de recorrer em liberdade. Renato, absolvido, teve sua prisão preventiva e outras medidas cautelares revogadas, sendo liberado.
Acusado de liderar uma organização criminosa armada em Jacarepaguá, Orlando Curicica possui 17 registros criminais. Ele e Renatinho foram inicialmente apontados como suspeitos nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2019, mas essa ligação foi posteriormente descartada.
Em outro processo, Orlando foi condenado em agosto de 2022 a 25 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Carlos Alexandre Pereira Maria, ocorrido em 2018 na Taquara. Segundo o Ministério Público, Orlando, chefe de uma milícia na região de Curicica, teria autorizado o crime junto com Diogo Maia dos Santos.
Na decisão, o Tribunal também multou o delegado Giniton Lages em 10 salários-mínimos por não comparecer ao julgamento, desrespeitando ordens judiciais, mesmo após autorização do ministro Alexandre de Moraes.
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