Exército invade o Palácio Presidencial da Bolívia: Mundo reage
A crescente tensão política na Bolívia explode em ação militar. Tanques cercam o palácio presidencial, levantando temores de um golpe de Estado.
Na quarta-feira, a Bolívia se tornou o centro das atenções da América Latina devido a um evento que realça a crescente instabilidade política na região. O palácio presidencial foi cercado por tanques do exército e soldados fortemente armados, sinalizando um novo capítulo dramático na política boliviana.
O presidente boliviano, Luis Arce, descreveu os eventos como “mobilizações irregulares”, enquanto seu antecessor e atual adversário político, Evo Morales, denunciou a situação como um “golpe de Estado”. Este confronto não apenas destaca uma divisão entre os líderes bolivianos mas também sinaliza uma possível crise democrática no país.
O que realmente está acontecendo na Bolívia?
O foco dos eventos foi na Praça Murillo, em La Paz, onde o palácio presidencial está localizado. Várias unidades do exército se agruparam ao redor deste local e em outras partes chave da capital. O ex-presidente Evo Morales acusou especificamente o ex-comandante do Exército, o general Juan José Zuñiga, de estar por trás dessas movimentações.
Qual é a causa dos conflitos entre Arce e Morales?
Embora Luis Arce e Evo Morales tenham sido aliados no passado, a recente desavença surgiu em relação às eleições presidenciais de 2025. Morales, que planeja concorrer novamente à presidência pelo partido MAS, distanciou-se de Arce, o atual presidente, após divergências sobre políticas e estratégias dentro do partido.
Respostas Internacionais ao Conflito Boliviano
A tensão política na Bolívia não apenas atraiu a atenção de seus cidadãos, mas também provocou reações a nível internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou as ações militares, instando todas as partes envolvidas a respeitarem os princípios democráticos. Adicionalmente, o presidente da Honduras, na presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), classificou os eventos como um golpe de estado e convocou uma reunião emergencial.
Por outro lado, a ex-presidente da Bolívia, Jeanine Añez, que é de oposição a Arce, também expressou sua reprovação às manobras militares, enfatizando a necessidade de proteger a ordem constitucional do país. Essas reações globais e regionais demonstram a importância e a gravidade da situação na Bolívia.
Gabriel Boric, presidente do Chile, utilizou suas redes sociais para declarar apoio a Luis Arce e à ordem democrática na Bolívia. Em termos firmes, Boric condenou qualquer ação que viole a constituição boliviana.
Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, e Bruno Rodríguez, chanceler de Cuba, também expressaram repúdio à tentativa de desestabilização, destacando seu completo apoio ao governo de Arce.
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