Reino Unido: tendência de derrota para Partido Conservador
O Reino Unido se prepara para escolher o próximo primeiro-ministro na próxima semana, 4 de julho. Os Conservadores estão registrando níveis historicamente terríveis nas sondagens.
Após o primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, dissolver o Parlamento britânico, em 30 de maio, e convocar uma eleição geral, o Reino Unido se prepara para escolher o próximo primeiro-ministro na próxima semana, 4 de julho.
O Reino Unido possui um sistema no qual os eleitores vão às urnas apenas para escolher os seus parlamentares. O líder do partido que obtiver a maioria no Parlamento forma o novo governo e se torna primeiro-ministro, que é quem lidera, de fato, o governo britânico, que deverá ser ainda nomeado pelo monarca.
O líder do segundo partido mais votado se torna líder da oposição. Se nenhum partido alcançar a maioria absoluta, o mais bem votado é convidado a tentar negociar uma coalizão para governar. Caso isso não seja possível, novas eleições são realizadas.
O Reino Unido vem sendo governado desde 2010 pelo Partido Conservador — inicialmente em coalizão com o Partido Liberal Democrata e desde 2015 com maioria no Parlamento, mas a eleição deste ano pode marcar uma grande virada política no país.
Um mal momento para o Partido Conservador
Com a data limite para pedidos de voto por correspondência já ultrapassada, os Conservadores estão registrando níveis historicamente terríveis nas sondagens.
Não é simplesmente que outros partidos – Trabalhista, Liberal Democrata e Reformista do Reino Unido – estejam retirando parte do seu apoio. Uma nova pesquisa conduzida pela The Economist em parceria com a WeThink, sugere que os conservadores estão perdendo até mesmo os assentos mais seguros.
Entre 30 de maio e 21 de junho, a WeThink perguntou a 18.595 adultos como pretendem votar nas eleições gerais. Os resultados sugerem que os trabalhistas têm uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre os conservadores, de 42% a 22%.
Esta é uma reviravolta dramática em relação às eleições de 2019, quando os Conservadores lideravam por 12 pontos. Se confirmada essa tendência, será a maior oscilação da história moderna entre os principais partidos do Reino Unido.
Segundo as estimativas, o Partido Trabalhista está a caminho de conquistar 465 assentos, 263 a mais do que conquistou nas eleições de 2019. Os conservadores disputam apenas 76 cadeiras, o número mais baixo da história do partido.
Estima-se que os Liberais Democratas ganhem 52, o seu melhor resultado desde 2010; o Partido Nacional Escocês está a caminho de perder 19 assentos na Escócia, embora continue a ser o maior partido naquele país. O partido Reforma do Reino Unido e o Partido Verde estão em vias de ocupar três assentos cada.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)