Conselho Federal de Medicina pede liberação do uso do Fenol
A polêmica proibição do fenol em procedimentos estéticos acende um alerta vermelho na comunidade médica. Leia sobre os desafios de segurança
Nos últimos dias, a controvérsia em torno do uso do fenol em procedimentos estéticos veio à tona, acendendo debates sobre a segurança e regulamentação de substâncias médicas. A vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), doutora Rosylane Rocha, em recente entrevista à CNN, destacou que não é o fenol em si o causador de danos aos pacientes, mas sim o uso indevido por indivíduos não habilitados.
Segundo declarações, a problemática surgiu após o falecimento de um jovem empresário em São Paulo, que sofreu complicações sérias logo após um peeling de fenol. Esse evento trouxe à discussão não apenas a segurança do fenol, mas, mais amplamente, a prática da medicina por pessoas não qualificadas tecnicamente.
Por que o Fenol foi Proibido?
Em meio à polêmica, o CFM enviou um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a revisão da proibição da compra, venda e uso do fenol. De acordo com a doutora Rosylane, “O Fenol é utilizado há décadas e há estudos que comprovam sua segurança e eficácia, desde que aplicado por médicos habilitados”. Essa defesa indica a confiança do conselho na substância, quando manuseada corretamente.
Qual o Papel da Regulamentação na Segurança dos Pacientes?
O CFM argumenta que é necessário um controle mais estrito sobre quem pode adquirir e aplicar o fenol, limitando-se a profissionais médicos prescritores. Esta medida visa a segurança do paciente e a prevenção de acidentes similares ao que ocorreu em São Paulo. “A regulação deve ir além da substância, alcançando quem e como alguém pode realizar esses procedimentos”, enfatizou Rosylane.
Impacto das Redes Sociais na Percepção Pública sobre Tratamentos Médicos
Outro aspecto preocupante mencionado pela vice-presidente do CFM diz respeito à influência das redes sociais. Segundo ela, há uma disseminação descontrolada de procedimentos estéticos realizados por profissionais não qualificados, que muitas vezes se apresentam como médicos. Isso, infelizmente, tem conduzido a um aumento de casos de lesões graves. “Precisamos de uma fiscalização efetiva sobre o conteúdo médico divulgado nas plataformas digitais”, alertou.
Com a discussão em aberto e a Anvisa avaliando o pedido de reconsideração da proibição do fenol, a comunidade médica e a população aguardam resoluções que garantam tanto a segurança dos pacientes quanto a utilização adequada e regulada de substâncias em tratamentos estéticos e outros procedimentos médicos.
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