INSS: pente fino previdenciário pode gerar economia
Previdência social planeja economia bilionária com Pente-Fino em benefícios.
Desde o início do ano, o Ministério da Previdência Social tem implementado uma série de medidas para otimizar a distribuição de benefícios governamentais.
Este esforço, conhecido como pente-fino, visa combater erros e fraudes e já resultou em uma economia substancial para os cofres públicos, segundo dados fornecidos pelo ministro Carlos Lupi.
Até a metade de maio, a Previdência Social conseguiu poupar aproximadamente R$ 750 milhões.
Com base nesses resultados iniciais, o ministro estima que até o final do ano, essa cifra possa alcançar impressionantes R$ 3 bilhões, através da suspensão de benefícios indevidos e correção de pagamentos equivocados.
A atenção, contudo, é dividida entre especialistas que demonstram ceticismo em relação às projeções futuras e apontam para um déficit de transparência nas declarações.
O que está por trás do Pente-Fino previdenciário?
No coração desta iniciativa está a busca por eficiência na gestão pública dos recursos destinados à Previdência.
Carlos Lupi, o ministro da Previdência Social, mencionou que para 2025, meta do governo é de reduzir ainda mais os gastos, com previsão de economizar até R$ 30 bilhões, abrangendo todos os benefícios governamentais, não se limitando apenas aos pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Esta estratégia de contenção de gastos é especialmente crítica no momento em que o governo busca atingir a meta de déficit zero.
A suspensão de 30,9 mil benefícios previdenciários e 26,7 mil assistenciais são alguns dos resultados tangíveis já alcançados durante o pente-fino.
Para intensificar este trabalho, Lupi informou que o número de servidores dedicados a esta investigação será dobrado, reforçando a equipe que lida diretamente com as revisões.
Como a tecnologia contribui para a redução de custos?
Uma parte crucial da redução de custos tem sido o uso do Atestmed, um sistema on-line que dispensa a necessidade de perícia presencial para solicitar o auxílio-doença.
Desde sua implementação em julho de 2023, este sistema não só facilitou o processo para os requerentes, mas também contribuiu para uma economia considerável – somando R$ 1,1 bilhão até agora.
Além disso, a iniciativa reduz significativamente a demanda por atendimento presencial, o que representa não apenas uma economia de recursos, mas também uma experiência mais ágil para o cidadão.
As estatísticas mostram uma população que utiliza cada vez mais o sistema online, de 30.847 usuários em julho de 2023 para 166.049 em maio de 2024, enquanto que o número de atendimentos presenciais diminuiu.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar dos avanços, essa jornada de revisão e otimização enfrenta desafios, como a necessidade de uma revisão minuciosa que balanceie eficiência e justiça.
Especialistas, como Fabio Giambiagi da FGV, criticam o que chamam de “apagão estatístico”, aludindo à redução na frequência de dados publicamente disponíveis.
Esse cenário requer transparência, pois apenas com informações precisas e atualizadas será possível avaliar adequadamente o impacto de tais políticas.
No entanto, se as projeções otimistas do Ministério se concretizarem, a estratégia de pente-fino pode realmente se provar como um método eficaz para a manutenção da sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro, ao mesmo tempo que reduz o desperdício de recursos.
Os próximos meses serão cruciais para observar se as estimativas se confirmarão e se a transparência quanto ao processo será ampliada, conforme solicitado por observadores e especialistas na área.
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