“Antissemitismo pesado, visível e palpável”
Quase uma semana após o estupro de uma menina judia de 12 anos em Courbevoie (Hauts-de-Seine), França, seus pais decidiram se manifestar
Quase uma semana após o estupro de uma menina judia de 12 anos em Courbevoie (Hauts-de-Seine), França, seus pais decidiram se manifestar.
“Não estamos vivendo um antissemitismo residual, mas sim um antissemitismo pesado, visível e palpável. Nossa filha experimentou isso em sua carne”, declararam os pais.
O pai da adolescente conta como descobriu a filha desorientada, aos prantos, na entrada do prédio onde moravam. “Ela imediatamente me disse: ‘Pai, fui estuprada. Eles fizeram tudo comigo. Não tenho o direito de te contar nada, me fizeram jurar que não falaria nada, senão me matariam. Eles ameaçaram me matar e disseram que iriam machucar você também´ ”, disse ele.
“A nossa filha foi capturada à força e depois levada contra a sua vontade para um local abandonado, fora de vista, e detida durante muito tempo, talvez uma hora e meia. Ela foi ameaçada com um isqueiro. Fizeram-na engolir um pedaço de papel e depois ela passou por atos sexuais horríveis enquanto era filmada”, conta também o pai.
Segundo a história que confessou aos pais, a adolescente também deveria dar 200 euros no dia seguinte aos seus algozes, e converter-se ao Islã.
Violentada porque era judia
Para ao pais, a natureza antissemita do ataque à sua filha está fora de dúvida. “A expedição punitiva consistia em vir massacrar uma pessoa por ser judia”, disse a mãe, que desde 7 de outubro alertava a filha, aconselhando-a a evitar assuntos de cunho religioso com os colegas de escola.
“Existe, na nossa opinião, um mimetismo entre os atos perpetrados pelos terroristas do Hamas e o que a nossa filha sofreu perto de nós”, declararam os pais da vítima
Segundo seus pais, a adolescente já sofria constante assédio escolar na escola por ser judia, e havia perdido vários amigos muçulmanos por esse motivo. “Neste contexto muito tenso, aconselhamo-la a ser cautelosa em questões relacionadas com a religião”, especifica. “É por esta razão que ela teve que fingir algumas semanas antes dos acontecimentos que era muçulmana” a um dos seus agressores, com quem mantinha contato nas redes sociais.
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