Estupradores disseram à vítima judia de 12 anos: “converta ao Islã”
O presidente Emmanuel Macron pediu que as escolas realizem discussões sobre racismo e antissemitismo
Uma menina judia de 12 anos foi estuprada por três adolescentes (dois de 13 anos e um de 12) em um subúrbio de Paris. O ataque foi classificado como antissemita, com os agressores proferindo insultos e ameaças durante o crime. No celular de um dos estupradores, foram encontradas mensagens antissemitas e fotos de uma bandeira de Israel em chamas.
Dois dos adolescentes foram acusados de estupro coletivo, insultos antissemitas, violência e ameaças de morte. O terceiro foi acusado de insultos antissemitas e violência. Segundo matéria do The Jerusalem Post, os pais da menina relataram que os estupradores pediram que ela se convertesse ao Islã e a fizeram “jurar por Alá” que não contaria a ninguém sobre o ataque.
Os três criminosos abordaram a estudante em um parque próximo à sua casa, arrastando para um galpão onde a agrediram e a forçaram a ter relações sexuais com eles, enquanto proferiam ameaças de morte e insultos preconceituosos.
O presidente Emmanuel Macron pediu que as escolas realizem discussões sobre racismo e antissemitismo. Líderes políticos de diferentes espectros comentaram o caso, com acusações mútuas sobre a responsabilidade pelo clima de polarização no país.
O ataque gerou protestos no país e reacendeu debates sobre antissemitismo, islamismo e integração na França, que possui as maiores comunidades judaica e muçulmana da Europa Ocidental. Recentemente, a vítima e sua família deram uma entrevista em que revelaram que ela não está bem e que sua família está em choque.
A advogada da família disse que a menina está doente, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Estupro gera protestos na França
A notícia sobre o estupro coletivo da menina judia de 12 anos em Courbevoie, subúrbio de Paris, gerou uma onda de protestos contra o antissemitismo e a “cultura do estupro” na França. A indignação nacional levou centenas de pessoas a se manifestarem em Paris e outras cidades, como Lyon e Rennes.
Dominique Sopo, presidente do SOS Racisme, classificou o crime como um “ato antissemita que gela o sangue”. Anne-Cecile Mailfert, presidente da Fundação das Mulheres, destacou o aumento do preconceito contra judeus desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deu início à guerra em Gaza.
A França, que abriga a maior comunidade judaica da Europa, tem enfrentado um aumento alarmante de incidentes de ódio contra judeus nos últimos anos. Dados do Ministério do Interior francês mostram um aumento de 284% nos atos antissemitas entre 2022 e 2023.
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