María Corina Machado: “O país não quer mais socialismo”
Em nenhuma das pesquisas consideradas sérias, o apoio a Maduro ultrapassa os 30%, enquanto a vantagem do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, apoiado por Maria Corina Machado, varia entre 20% e quase 40%.
Em entrevista recente ao meio de comunicação espanhol Artigo 14, a maior liderança política da Venezula e principal opositora de Nicolás Maduro, María Corina Machado, explicou que tem enfrentado numerosos obstáculos e perseguições por parte do governo, mas que se mantêm forte graças ao apoio dos venezuelanos que veem nela uma esperança de mudança.
“Não sou uma candidata desqualificada, sou perseguida”, disse Machado, destacando a constante repressão que ela e sua equipe sofrem.
Durante a conversa, a líder política, autodeclarada liberal, disse que, nos últimos dias, cinco jovens que trabalharam na sua campanha foram presos e transferidos para a prisão de El Helicoide sem garantias legais. “Todos na Venezuela correm perigo o dia todo. É um sistema criminoso”, denunciou ela.
Machado também refletiu sobre o papel das mulheres na política e na sociedade venezuelana. “Num país como a Venezuela, as mulheres são a essência da família. As mulheres assumem uma enorme responsabilidade, econômica e, claro, emocional”, explicou ela, assegurando ainda que as mulheres decidiram colocar-se “na primeira fila” para defender o que mais amam: “os nossos filhos, os nossos valores e o nosso país”, acrescentou.
María Corina enfatizou que, apesar da discriminação e dos desafios, acredita que o papel das mulheres na política está mudando e que sua condição de mulher é uma força em sua luta contra o chavismo.
“Estou disposta a dar tudo. E é por isso que estamos vendo coisas sublimes em termos de organização e entrega nestes tempos”, afirmou.
A líder da oposição continua a mobilizar os seus seguidores e a defender uma transição democrática na Venezuela. “O país não quer mais o socialismo. Acredito que represento para os venezuelanos um símbolo totalmente contrário ao chavismo, em todos os níveis”, concluiu Machado.
A Venezuela voltará a ser livre?
A menos que o governo de Nicolás Maduro dê o tão temido e mencionado pontapé na mesa, haverá eleições na Venezuela no dia 28 de julho e em nenhuma das pesquisas consideradas sérias, o apoio a Maduro ultrapassa os 30%, enquanto a vantagem do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, apoiado por Maria Corina Machado, varia entre 20% e quase 40%.
A menos que o chavismo consiga fazer com que a maioria dos eleitores fique em casa ou fraude as eleições, parece evidente que uma vitória confortável da oposição está iminente.
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