PF: desembargador lavou dinheiro em posto de combustível em SP
Segundo a PF, posto no centro da capital paulista foi usado para efetuar pagamento dos valores de propina relacionados à compra de sentenças
Investigação da Polícia Federal aponta que um posto de combustível no centro da cidade de São Paulo foi usado para lavagem de dinheiro dos valores obtidos por meio de venda de decisões judiciais do desembargador Ivo de Almeida (foto).
O magistrado foi alvo de mandados judiciais de busca e apreensão durante a Operação Churrascada, deflagrada na última quinta-feira, 20, pela Polícia Federal.
Ivo de Almeida, da 1ª Câmara de Direito Criminal do próprio Tribunal de Justiça de São Paulo, é suspeito de venda de sentenças e rachadinha.
De acordo com a investigação, um posto de combustível localizado no bairro da Liberdade, a poucos metros do gabinete de Ivo, foi usado para efetuar pagamento dos valores de propina relacionados à compra de sentenças. O estabelecimento era usado ainda como ponto de encontro para as negociações, segundo a PF.
Os sócios do posto também são apontados por negociar os valores de propina em nome do desembargador.
Operação Churrascada
A Polícia Federal deflagrou na última quinta-feira, 20, uma operação para investigar o desembargador Ivo de Almeida, do TJ-SP, por envolvimento em corrupção por meio da venda de decisões judiciais.
Mais de 80 agentes da PF foram mobilizados para executar 17 mandados de busca e apreensão, que incluíam a residência do magistrado e outros endereços associados a ele, tanto na capital quanto no interior do estado.
Além das buscas nos endereços de Ivo de Almeida, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o afastamento cautelar do desembargador de suas funções no TJ-SP por um ano.
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