Para Hagari, acabar com Hamas é “impossível”; Netanyahu reage
Porta-voz da FDI e Netanyahu divergem sobre a viabilidade de eliminar o Hamas
Nesta quarta-feira, 20, o porta-voz da FDI, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que eliminar o Hamas é um objetivo inatingível. Em entrevista ao Channel 13, declarou: “Destruir o Hamas, fazer o Hamas desaparecer – isso é simplesmente jogar areia nos olhos do público. O Hamas é uma ideia, um partido. Está enraizado nos corações das pessoas – qualquer um que pense que podemos eliminar o Hamas está errado.”
Ele também alertou que “se o governo não encontrar uma alternativa, [o Hamas] permanecerá” na Faixa de Gaza. A declaração provocou uma resposta do gabinete de Netanyahu, reafirmando que o objetivo da guerra inclui a destruição das capacidades militares e de governança do Hamas.
A divergência pública reflete uma tensão crescente entre Netanyahu e os líderes militares sobre a estratégia na guerra. Em resposta, as FDI emitiram um comunicado afirmando seu compromisso com os objetivos de guerra estabelecidos pelo governo, incluindo a destruição das capacidades governamentais e militares do Hamas, esclarecendo que Hagari se referia à erradicação do Hamas como uma ideologia.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, tem pressionado Netanyahu a avançar com planos para a governança de Gaza pós-guerra, alertando que a falta de uma alternativa ao Hamas poderia minar os resultados militares de Israel. Gallant também se opôs à ideia de governo militar e civil israelense em Gaza após o conflito.
O líder da Unidade Nacional, Benny Gantz, renunciou na semana passada ao gabinete de guerra após Netanyahu não apresentar um plano pós-guerra no prazo estabelecido por ele.
“A liderança de Netanyahu tem sido alvo de críticas internas significativas, inclusive de seu próprio filho Yair, que recentemente responsabilizou os líderes militares pelo massacre de 7 de outubro, uma responsabilidade que Netanyahu se recusou repetidamente a reconhecer”.
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