Transativismo da UFBA faz mais uma vítima e expulsa aluna do CA
A estudante Tatyana Mercês, do curso de Artes Visuais da UFBA, foi expulsa do Centro Acadêmico Unificado de Belas Artes da UFBA (CAUEBA) por se recusar a redigir informativos em "linguagem neutra"
A estudante Tatyana Mercês, do curso de Artes Visuais da UFBA, foi expulsa do Centro Acadêmico Unificado de Belas Artes da UFBA (CAUEBA) por se recusar a redigir informativos em “linguagem neutra”
Recusando-se a alterar seu texto, Tatyana, que é graduada em letras e graduanda em artes visuais, informou ao CAUEBA que o centro não poderia coagi-la a redigir textos em “linguagem neutra”, uma vez que não há regras acadêmicas que a corroborem, havendo a necessidade de mais pesquisas e debates antes que seja possível exigir seu uso, além de análise dos possíveis impactos negativos sobre acessibilidade.
O posicionamento firme de Tatyana despertou a ira da militância e a estudante, que integrava a vice-reitoria do Centro Acadêmico, foi acusada falsamente de “transfobia”, injuriada, caluniada e excluída das decisões do Centro.
Seu nome foi diretamente associado a comportamento criminoso em grupos de whatsapp com representantes de várias entidades estudantis e verdadeiros tribunais foram formados em reuniões com o intuito de decidir o destino de Tatyana no movimento estudantil no qual construiu seu caminho ao longo de anos e pelo qual prezava.
A MATRIA – Mulheres Associadas, Mães e Trabalhadoras do Brasil elaborou um documento para recolher assinaturas em apoio Tatyana, que, segundo a associação, “é mais uma mulher perseguida e silenciada no ambiente acadêmico, que deveria ser um espaço democrático de livre discurso e pensamento”.
O abaixo-assinado elaborado pela Matria será encaminhado para Escola de Belas Artes, para a reitoria da UFBA, para o MEC e para outros órgãos públicos que se fizerem necessários.
A Matria alerta que, ao acusar Tatyana de “transfobia”, estas organizações estudantis também sinalizam a quem porventura compartilhe da mesma opinião que qualquer divergência do paradigma de certos grupos intelectuais que dominaram a academia será punida, no mínimo, com ostracismo e destruição de reputação e acrescenta:
“É inaceitável que as universidades federais sigam compactuando com tais acontecimentos sem tomar atitudes rígidas contra os que fomentam livremente essas fogueiras inquisitoriais em pleno século XXI, destruindo carreiras, aspirações, saúde mental, física e sustento financeiro de diversas mulheres por ousarem discordar”.
O Transativismo da UFBA
A UFBA, em específico, tem sido palco recorrente da instrumentalização da palavra “transfobia” para ataques a mulheres, visto que em outubro de 2023 a professora Jan Alyne Prado foi caluniada em rede nacional sob falsa acusação de mesma natureza”
De fato, a UFBA e o coletivo Trans UFBA receberam, inclusive, um certificado de transativismo Paullet Furacão, que reconhece o “extraordinário comprometimento e dedicação no campo dos direitos de pessoas transexuais e travestis”.
Ao que tudo indica, os direitos dos trans estão sendo conquistados em detrimento do direito de livre opinião das mulheres e a despeito da meritocracia, uma vez que, desde 2019 a UFBA reserva vagas para Trans (transexuais, transgêneros e travestis).
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)