Von der Leyen em busca do apoio de Meloni para sua reeleição
O bloco político Partido Popular Europeu (PPE), apoiado por Ursula Von der Leyen, foi exitoso nas últimas eleições para o Parlamento Europeu. Agora, para garantir um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, ela precisa convencer os líderes governamentais da UE, incluindo Meloni, a nomeá-la para o cargo principal
Enquanto procura o apoio de Roma para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen teria procurado abrandar um relatório oficial da União Europeia que critica a Itália por minar a liberdade dos meios de comunicação social. A informação e do site Politico.
Esperava-se que o relatório anual que avalia como os países da UE respeitam o Estado de direito fosse aprovado em 3 de julho, mas isto foi adiado até que o novo presidente da Comissão fosse nomeado, disseram duas autoridades.
O atraso é incomum e o risco para von der Leyen é que pareça ter motivação política, já que ela está atualmente procurando o apoio de líderes da UE como Meloni para a sua tentativa de garantir um segundo mandato de cinco anos à frente do executivo do bloco.
“Há visivelmente uma vontade de travar questões relacionadas com a Itália e o Estado de direito”, disse um funcionário da Comissão, que, tal como três outros funcionários, apontou os esforços de reeleição de von der Leyen como uma razão para o atraso na o relatório.
Von der Leyen e Meloni: a Europa em equilíbrio na centro-direita
O bloco político Partido Popular Europeu (PPE), apoiado por Ursula Von der Leyen, foi exitoso nas últimas eleições para o Parlamente Europeu. Agora, para garantir um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, ela precisa convencer os líderes governamentais da UE, incluindo Meloni, a nomeá-la para o cargo principal.
Depois disso, ela enfrenta uma votação no Parlamento Europeu, para a qual procura garantir o apoio de grupos de centro-direita, liberais e de centro-esquerda.
A primeira-ministra italiana vem conseguindo ao longo do seu mandato dissipar a imagem de extremista que a rodeava antes de ela assumir o cargo. A desconfiança, em especial na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, tinha como base as raízes pós-fascistas do partido fundado por ela, o Irmãos da Itália.
Logo na chegada, porém, Meloni mostrou alinhamento naquilo que hoje é o essencial na Europa: a defesa da Ucrânia contra a Rússia. Além disso, Meloni retirou Nova Rota da Seda, dando um recado de distanciamento em relação à China. Meloni se posicionou, no nível internacional, mais como conservadora do que como populista, demonstrando uma visão política amadurecida ao deixar de ser oposição, ao ouvir aconselhamento de aliados mais experientes no plano internacional.
A convergência de interesses entre Meloni e Von der Leyen poderá assegurar uma estabilidade da União Europeia dentre de uma linha de centro-direita. A aliança é favorável a ambas: Meloni mostrará força dentro e fora da Itália e Von der Leyen seguirá em um segundo mandato.
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