Putin impõe condições para fim da guerra; cúpula de paz começa neste sábado
O Brasil decidiu não participar da cúpula, reiterando sua posição de que a solução para a guerra deve ser encontrada por meio de negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia
Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 14, que a Rússia está disposta a negociar um cessar-fogo e iniciar negociações de paz se a Ucrânia abandonar seu plano de adesão à Otan e retirar suas tropas das quatro regiões ucranianas que Moscou reivindica.
O ditador declarou que a Rússia garantiria a retirada segura das unidades ucranianas para que essas condições fossem atendidas. As declarações ocorrem na véspera de uma cúpula de paz na Suíça, que reunirá mais de 90 países e organizações para discutir um caminho potencial para a paz na Ucrânia. A Rússia, contudo, não foi convidada para o encontro e alega que a reunião é “uma perda de tempo”.
A Cúpula de Paz na Suíça, que ocorrerá entre os dias 15 e 16 de junho de 2024, é um encontro internacional que visa angariar apoio para o fim do conflito na Ucrânia. O evento, que será realizado na região de Lucerna, já contou com a confirmação de cerca de 90 países e organizações internacionais, incluindo a Ucrânia, que lidera o esforço de paz. O objetivo principal da cúpula é dar início ao processo de paz na Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra o vizinho desde 2014.
No terceiro ano da guerra, a Rússia controla quase um quinto do território ucraniano. A Ucrânia, por sua vez, afirma que a paz só será possível com a retirada total das forças russas e a restauração de sua integridade territorial.
Desde o início do conflito, diversas tentativas de negociações de paz fracassaram devido às exigências divergentes das partes envolvidas. A proposta de Putin, apresentada agora, reflete as condições que Moscou julga essenciais para um cessar-fogo, mas que são consideradas inaceitáveis por Kiev.
O Brasil decidiu não participar da cúpula, reiterando sua posição de que a solução para a guerra deve ser encontrada por meio de negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia. A cúpula também contará com a participação de países do Sul Global, que buscam fortalecer sua influência internacional em questões de paz e segurança.
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