Presidente do Solidariedade entra na lista vermelha da Interpol
Político é investigado pelo desvio de R$ 36 milhões do fundão de partido que foi absorvido pelo Solidariedade em 2022
A Polícia Federal (PF) incluiu o o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior (foto), na difusão vermelha da Intepol nesta quinta-feira, 13 de junho.
Eurípedes está foragido desde que a PF não conseguiu localizá-lo em operação na quarta, 12, para cumprir mandado de prisão.
O político é investigado pelo desvio de R$ 36 milhões do fundão do PROS, partido que foi absorvido pelo Solidariedade em 2022.
Como foi a operação da PF que não localizou Eurípedes?
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 12, a Operação Fundo no Poço para desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022.
Os agentes foram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em dois estados –São Paulo e Goiás– e no Distrito Federal. A Justiça Eleitoral do DF também determinou o bloqueio e indisponibilidade de 36 milhões de reais e o sequestro judicial de 33 imóveis.
Um dos alvos é Eurípedes Gomes Júnior, atual presidente nacional do Solidariedade. Também são alvos da Operação Fundo no Poço: Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade, Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal, e Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital.
As investigações tiveram início a partir de denúncia do então presidente do partido em desfavor de um ex-dirigente suspeito de desviar aproximadamente 36 milhões de reais.
“Por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, foram localizados indícios que apontam para existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral, utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido”, afirmou a PF em nota.
“Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido”, acrescentou.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
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