Conselho de Segurança aprova novo cessar-fogo em Gaza
Anunciada por Joe Biden ainda em maio, a resolução foi aprovada por 14 votos a favor e uma abstenção, da Rússia
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovaram, nesta segunda-feira, 10 de junho, uma nova resolução elaborada pelos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza.
A resolução foi aprovada por 14 votos a favor e uma abstenção, da Rússia.
Negociada ao longo da semana entre os 15 membros do conselho, esta proposta de cessar-fogo em Gaza foi primeiro anunciada pelo presidente americano, Joe Biden, ainda no final de maio.
Segundo o presidente americano, a proposta se dá três fases.
Ela começa com um cessar-fogo de seis semanas e segue com a retirada das forças israelenses de áreas civis de Gaza e, por fim, a troca de reféns idosos e mulheres pela libertação de centenas de detidos palestinianos.
Por que é difícil implementar o cessar-fogo?
Biden afirmou que a proposta tinha aval de Israel, mas o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, recusa qualquer cessar-fogo antes da eliminação do Hamas em Gaza.
Os israelenses estimam que a guerra possa acabar apenas ao final de 2024.
Em março, o Conselho de Segurança havia aprovado outro cessar-fogo, que perduraria pelo mês do Ramadã, sagrado aos muçulmanos, até meados de abril. Mas, a resolução foi ignorada.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), está em um difícil dilema. Se barrar as negociações para um cessar-fogo, perderá o apoio dos americanos e dos familiares de reféns israelenses. Se seguir adiante e um cessar-fogo for assinado, pode perder o seu posto.
Por que Netanyahu não pode aceitar um cessar-fogo?
O problema para Netanyahu é que, se ele aceitar o plano de Biden, ele pode perder o posto de primeiro-ministro.
Dentro da coalizão de governo de Netanyahu estão ministros mais à direita, que rejeitam qualquer acordo com o Hamas e querem a continuação da guerra.
Se esses partidos menores retirarem o apoio a Netanyahu, o governo cai e eleições antecipadas são convocadas.
No domingo, 2, o ministro das Finanças, Bezalei Smotrich, e o ministro da segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçaram derrubar o governo caso um acordo de cessar-fogo seja costurado.
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