MP investiga desvio de recursos de cestas básicas para o RS
De acordo com o MPRS, há indícios de sobrepreço e superfaturamento na aquisição dos produtos que compõem as cestas básicas
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou, nesta sexta-feira, 7, a Operação Cesta Básica, que tem como objetivo apurar desvios de recursos públicos na compra de cestas básicas destinadas às pessoas afetadas pelas enchentes no município de Cachoeirinha (RS).
De acordo com as investigações realizadas pelo MPRS, há indícios de sobrepreço e superfaturamento na aquisição dos produtos que compõem as cestas básicas. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na prefeitura da cidade. Agentes públicos e fornecedores envolvidos nas contratações emergenciais estão sendo investigados.
As diligências foram autorizadas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, demonstrando o compromisso das autoridades em combater irregularidades e garantir transparência nos processos.
Outros desvios
Esta não é a primeira vez que o Ministério Público realiza investigações relacionadas aos desvios ocorridos em decorrência da tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul desde o final de abril. No final de maio, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na prefeitura de Eldorado do Sul, sob suspeita de desvio de doações destinadas às vítimas das enchentes.
Eldorado do Sul foi uma das cidades mais afetadas pelas enchentes. Dos seus 39.556 habitantes, aproximadamente 32 mil tiveram que deixar suas casas às pressas, e toda a área urbana foi atingida pelas águas. Após a operação, o MPRS solicitou que o Exército assumisse a distribuição das doações no município, buscando garantir que os recursos cheguem efetivamente às pessoas que necessitam.
‘Criminosos da caixa d’água’ nas enchentes do RS
Uma operação integrada entre as polícias Civil, Federal e Brigada Militar, no Rio Grande do Sul, resultou na prisão de nove suspeitos na semana passada. De acordo com os investigadores, esses indivíduos teriam se aproveitado do período inicial da maior catástrofe da história gaúcha para saquear e assaltar empresas. A ação criminosa ocorreu na cidade de Eldorado do Sul, um polo produtor do estado.
Os policiais afirmam que os criminosos roubaram pelo menos duas toneladas de equipamentos de várias empresas, incluindo farmacêuticas, de tecnologia e alimentício. O prejuízo total causado pelos roubos e pela destruição dos materiais ultrapassa os R$ 12 milhões, segundo os empresários, informou reportagem do O Globo.
A investigação, denominada Operação Aharadak, revelou que os membros dessa organização criminosa não apenas furtavam, mas também praticavam roubos com ameaça e uso de armas de fogo. Vale destacar que algumas das empresas atacadas pelos bandidos estavam abrigando pessoas desabrigadas em decorrência das chuvas.
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