Fundação do MDB estima perda de R$ 175 bilhões no PIB gaúcho até 2029
Informações constam em estudo feito pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), braço de formação política do partido
Estudo feito pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), braço de formação política do MDB, aponta que o Rio Grande do Sul terá uma perda na capacidade produtiva é de pelo menos R$ 175 bilhões até 2029.
Segundo o economista e consultor Gustavo Grisa, responsável pelo plano, a expectativa é que o PIB gaúcho apresente queda dos atuais 3,5% para – 1,5% até o final deste ano.
“São dados que reafirmam a importância de novos arranjos, fundos e processos além de governos. Isso demanda mudar a lógica, aprofundar a internacionalização, a formação de redes B2B, para que o Rio Grande do Sul não sucumba a uma estagnação nos próximos 20 anos. É preciso agregar competências, credibilidade. Em uma perspectiva global, o choque econômico foi de grandes proporções”, afirma Grisa.
A Fundação Ulysses Guimarães apresentou nesta semana um plano de medidas para a recuperação econômica do Estado. Coordenado pelo presidente da instituição, o deputado federal Alceu Moreira (RS), o documento estabelece diretrizes que vão desde soluções imediatas para preservação dos empregos a iniciativas de médio e longo prazo, com foco em governança estratégica e reestruturação do ambiente de negócios.
De acordo com o estudo, os impactos gerados pela catástrofe reforçam a importância de uma rediscussão sobre o plano de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que desde 1980 apresenta queda na participação do PIB nacional, conforme a Fundação. Sem considerar os efeitos da tragédia, a projeção já era de uma redução de participação dos atuais 6,2% para 5,3% do PIB nacional até 2045.
“Se era de urgência ou emergência que o Rio Grande do Sul precisava para realizar essa virada estrutural, a calamidade apenas agravou por essa necessidade. Mais importante do que a reconstrução é tratar sobre recomposição, e isso demanda fórmulas capazes de fugir do fluxo convencional, burocrático e trabalhar sobre as novas oportunidades”, avalia o parlamentar.
Segundo o estudo da FUG, será necessário a partir de agora foco e governança ágil em estratégia de recuperação econômica; o estabelecimento de objetivos a médio e longo prazo; a reestruturação dos modelos de fornecimento de energia e água para o Estado, buscando recursos de forma permanente.
Ainda para a entidade, será necessária a partir de agora a adoção de fórmulas que fujam da burocracia na distribuição de recursos, com agilidade e transparência nos processos; o foco em produção e consumo, com a criação de mecanismos que estimulem o espírito empreendedor do Estado e a organização, divulgação e governança de alta qualidade para mudanças políticas no Rio Grande do Sul.
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