Operação desmantela grupo de garotos de programa que extorquiam no Rio
Uma operação policial no Rio prendeu uma quadrilha que extorquia vítimas através de ameaças online.
Uma operação policial marcante foi realizada nesta quinta-feira (6) em São João de Meriti, Baixada Fluminense. A ação resultou na prisão de indivíduos acusados de realizar extorsões, utilizando como meio principal chantagens emocionais e ameaças de divulgar conteúdos íntimos. Entre os detidos, destaca-se um grupo peculiar de garotos de programa que, além de atuar nessa prática condenável, envolveu até mesmo familiares nas atividades criminosas.
Na operação liderada por Álvaro de Oliveira Gomes, titular da 21ª DP (Bonsucesso), três pessoas foram presas: Ronaldo da Silva Gonçalves, Cynara Ferreira da Silva, mãe de um dos envolvidos, e Fábio dos Santos Pita Junior, também conhecido pelo apelido “Pedro Dominador”. A investigação revelou que a quadrilha agia de forma coordenada para extorquir vítimas através de ameaças de exposição de fotos e vídeos íntimos.
O que levou à captura dos suspeitos?
O caso veio à tona após uma das vítimas, que conheceu “Pedro Dominador” através de um site de relacionamentos, começar a receber ameaças chocantes que envolviam a divulgação de seu conteúdo privado. Inicialmente, a chantagem partia de um único integrante do grupo, mas logo outros criminosos se envolviam, intensificando as exigências e ampliando a pressão psicológica sobre as vítimas.
Como agia a quadrilha de garotos de programa?
Durante realização das exigências, a quadrilha revelou extrema organização e frieza. Os criminosos utilizavam de intimidação para manter o controle emocional e financeiro sobre as vítimas. Uma estratégia comum era enviar mensagens ameaçadoras, onde afirmavam ter gravado encontros íntimos e ameaçavam divulgar tais informações para familiares das vítimas, colocando-as em uma posição extremamente vulnerável.
Impacto das ações criminosas e medidas judiciais
O delegado, Álvaro de Oliveira Gomes, divulgou que pelo menos cinco pessoas foram identificadas como vítimas da quadrilha, com uma delas chegando a pagar quase R$ 75 mil para evitar que seus dados pessoais fossem expostos. Segundo ele, o medo e a pressão emocional forçaram as vítimas a ceder às chantagens, que começaram a escalar quando os criminosos perceberam que podiam extrair ainda mais dinheiro.
Conforme esclareceu o delegado Gomes, todos os suspeitos detidos durante esta operação serão indiciados por extorsão e associação criminosa. As investigações continuam, visando identificar possíveis novas vítimas e ampliar o entendimento sobre o modo de atuação deste grupo e seus colaboradores. O caso sublinha a importância de relatar imediatamente qualquer forma de chantagem ou ameaça recebida, permitindo assim uma resposta rápida das autoridades.
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