A dimensão da calamidade no Rio Grande do Sul
Enxurradas, inundações e alagamentos atingiram uma área de 15.778 quilômetros quadrados, o que corresponde a 5,6% do Rio Grande do Sul
Um levantamento divulgado pelo MapBiomas revelou, nesta quarta-feira, 5, que o Rio Grande do Sul enfrentou o maior desastre climático de sua história nos meses de abril e maio. Segundo o estudo, 298 dos 497 municípios gaúchos foram afetados por temporais, representando 60% das cidades do estado.
Enxurradas, inundações e alagamentos atingiram uma área de 15.778 quilômetros quadrados, o que corresponde a 5,6% do território gaúcho. Para realizar a análise, os pesquisadores utilizaram imagens de satélite obtidas por sensores óticos e de radar, que permitiram identificar as consequências do desastre mesmo em áreas encobertas por nuvens.
Municípios com 10% da área afetada
O estudo mostrou que 73 municípios tiveram ao menos 10% de sua área afetada por deslizamentos, enxurradas ou inundações. Nova Santa Rita e Esteio foram as cidades mais atingidas, com mais da metade de suas áreas afetadas (52,6% e 50,1%, respectivamente). Charqueadas, Canoas e Porto Alegre também estão entre os municípios mais afetados.
Além disso, o levantamento avaliou os efeitos dos temporais nas áreas urbanizadas. Constatou-se que 5% de toda a área urbanizada do Rio Grande do Sul foi atingida pelos desastres. Eldorado do Sul teve a pior situação, com 66,7% de seu território afetado, seguida por Porto Alegre, com 14,5% da área urbana atingida.
Impacto na atividade agropecuária
O estudo também analisou a cobertura e o uso da terra, revelando que a atividade agropecuária foi severamente afetada. Cerca de 1,012 milhão de hectares utilizados pela agricultura e pecuária foram atingidos, representando 64,2% do território utilizado para essa atividade.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, mais de 572 mil pessoas estão desalojadas e mais de 30 mil encontram-se em abrigos. O número de desaparecidos é de 41 pessoas, enquanto as mortes já chegam a 172.
Tempo deve melhorar no Rio Grande do Sul
Apesar do cenário preocupante, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a temperatura em Porto Alegre tende a subir nos próximos dias e que os volumes de chuva ao longo do mês serão pouco expressivos. Ainda assim, as autoridades continuam monitorando a situação e prestando assistência às vítimas dos desastres.
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