Chuva espalha galões com material tóxico pelas ruas de Canoas no RS
Análises realizadas pelo Exército mostram que as concentrações de resíduos tóxicos dos galões estão em níveis extremamente baixos
As fortes chuvas que atingiram a cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, espalharam vários galões contendo materiais tóxicos pelas ruas. A empresa responsável pela coleta e reciclagem desses recipientes, a Bressan Inovações Ambientais, havia alertado a população sobre os riscos de contaminação em caso de contato. No entanto, após análises realizadas pelo Exército, foi constatado que as concentrações de resíduos tóxicos estão em níveis extremamente baixos e não representam perigo à saúde.
Os galões são utilizados por empresas para transportar e armazenar produtos químicos em espaços reduzidos. Com as chuvas intensas, muitos desses recipientes se espalharam pela cidade, percorrendo uma distância de mais de dois quilômetros e até mesmo chegando aos telhados das residências. Alguns podem ter se rompido sob pressão, espalhando materiais tóxicos pelo solo.
O que tinha dentro dos galões
De acordo com o Comando Militar do Sul, ligado ao Exército Brasileiro, os recipientes continham resquícios de ácidos solventes, tintas e óleos. No entanto, cabe à empresa responsável pela coleta dos resíduos fazer a identificação precisa dos materiais derramados.
O Exército confirmou ao O Globo que uma análise preliminar da área afetada indicou que os níveis de químicos tóxicos estavam abaixo de 6 partes por milhão (ppm), o que não representa um risco significativo à saúde pública.
Amostras do solo serão coletadas e enviadas ao laboratório do Exército Brasileiro, referência internacional, para uma análise mais detalhada e conclusiva.
Alerta da prefeitura
Em 11 de maio, a prefeitura de Canoas emitiu um comunicado pedindo à população que não utilizasse os galões encontrados nas ruas durante as enchentes. Muitas dessas embalagens, possivelmente contaminadas, estão espalhadas pela cidade, representando um perigo invisível que pode causar doenças. Empresas especializadas já estão mobilizadas na coleta desses materiais.
A recomendação do Exército é que as pessoas evitem o contato direto com os resíduos e os galões até que as medidas de limpeza sejam realizadas adequadamente. É fundamental que as autoridades locais monitorem continuamente a área afetada, garantindo a segurança da população e do meio ambiente. Siga as orientações das autoridades e permita que equipes especializadas realizem a remoção dos materiais em suas propriedades.
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