Justiça libera transfusão em bebê sem autorização dos pais Testemunhas de Jeová
Relatório clínico aponta que o menor sofre de cardiopatia grave e necessitava de uma intervenção cirúrgica acompanhada de transfusão.
O Hospital Materno Infantil Doutor Joaquim Sampaio foi autorizado pela justiça a realizar uma transfusão de sangue em um bebê recém-nascido, mesmo sem o consentimento dos pais, que são adeptos da religião Testemunhas de Jeová e recusam o procedimento por motivos religiosos.
O relatório clínico aponta que o menor sofre de cardiopatia grave e tem dificuldades respiratórias, o que potencialmente necessitaria de uma intervenção cirúrgica acompanhada de transfusão.
Diante da gravidade do quadro e da negativa dos pais, o Ministério Público do Estado da Bahia tomou a iniciativa de solicitar a intervenção judicial para assegurar a realização do procedimento.
O que diz a justiça sobre os direitos do recém-nascido?
Segundo o promotor Pedro Nogueira Coelho, responsável pelo caso, a decisão foi tomada após minuciosa análise dos direitos em conflito.
“Ao ponderarmos, torna-se evidente que o direito à vida do infante deve ser priorizado, dado que sem ele, outros direitos fundamentais não podem ser exercidos“, explicou em declaração recente.
Existe alternativa à transfusão de sangue?
A sentença também contempla o uso de alternativas médicas que dispensam a transfusão, desde que estas não coloquem o bebê em risco.
Este cuidado reflete a preocupação em respeitar as crenças dos pais até onde é possível sem prejudicar a saúde da criança.
Transfusão de sangue em Testemunha de Jeová
Enquanto a decisão é celebrada por muitos como uma vitória do direito à vida, ela também suscita questões sobre até que ponto é permitido intervir nas práticas e crenças religiosas das pessoas.
No Brasil, as Testemunhas de Jeová são uma comunidade significativa, com cerca de 1,4 milhão de adeptos segundo dados do último censo.
O desdobramento deste caso deverá ser observado atentamente, já que ele pode estabelecer importantes precedentes sobre como casos similares serão tratados no Brasil.
Enquanto isso, a expectativa é que as soluções médicas alternativas possam ser exploradas, conciliando crenças religiosas com imperativos de saúde pública.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)