Leptospirose no RS: 4 mortes e 76 casos confirmados Leptospirose no RS: 4 mortes e 76 casos confirmados
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Leptospirose no RS: 4 mortes e 76 casos confirmados

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4 minutos de leitura 25.05.2024 22:15 comentários
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Leptospirose no RS: 4 mortes e 76 casos confirmados

Transmitida através da água contaminada por urina de animais infectados, especialmente ratos, a doença impõe sérios riscos à saúde pública.

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Leptospirose no RS: 4 mortes e 76 casos confirmados
Leptospirose no RS 4 mortes e 76 casos confirmados. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A leptospirose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira interrogans, vem se tornando uma preocupação crescente no estado do Rio Grande do Sul (RS) por conta das recentes inundações que atingiram a região.

De acordo com Secretaria Estadual da Saúdes (SES), até o momento foram quatro mortes, 76 casos confirmados e 1.256 casos em sendo investigado. Além disso, outras 10 mortes estão sendo investigadas no estado.

Transmitida primariamente através da exposição à água contaminada por urina de animais infectados, especialmente ratos, a doença impõe sérios riscos à saúde pública.

A contaminação ocorre quando a urina de ratos infectados contamina riachos, esgotos e até mesmo as águas da chuva, criando um ambiente propício para a proliferação da bactéria.

Durante as enchentes, essa mistura torna-se ainda mais perigosa, pois as águas que invadem as casas estão carregadas do patógeno.

A maioria dos casos de leptospirose é assintomática, mas quando os sintomas se manifestam, podem incluir febre, dor de cabeça, dores musculares, e em casos extremos, complicações renais e hepáticas que podem levar à morte.

De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade média da doença é de 9%.

Leptospirose no RS: tratamento e prevenção

O tratamento da leptospirose é eminentemente baseado no uso de antibióticos.

É essencial que os medicamentos sejam prescritos por um profissional de saúde tão logo a doença seja suspeitada.

Idealmente, o tratamento deve começar nos primeiros sinais e o mais rapidamente possível após o contágio, visando maior eficácia e evitando o avanço para quadros mais graves.

Para casos leves, o tratamento pode ser ambulatorial.

Em situações graves, é imprescindível a hospitalização para controlar os sintomas e evitar a progressão da doença.

O cuidado em evitar a automedicação é fundamental, uma vez que o uso inapropriado de medicamentos pode agravar o quadro clínico do paciente.

Medidas cruciais de prevenção em áreas de risco

Além do tratamento, algumas medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da leptospirose, especialmente em áreas propensas a enchentes:

Desinfecção de áreas inundadas utilizando água sanitária.

Armazenamento de alimentos em recipientes hermeticamente fechados para evitar atração de roedores.

Manutenção da limpeza e higiene dos ambientes, evitando acúmulos que possam servir de abrigo ou fonte de alimentação para os roedores.

Desafios do Sistema de Saúde frente às enchentes

O aumento do número de casos de leptospirose após eventos de inundação desafia o sistema de saúde pública do estado, demandando uma resposta ágil e eficaz tanto no diagnóstico quanto no tratamento da doença.

As autoridades sanitárias intensificam esforços para alertar sobre os riscos e as necessidades de prevenção durante períodos de maior risco.

A conscientização da população sobre os perigos e a forma de transmissão da leptospirose é uma arma poderosa na prevenção de surtos.

Em paralelo, as campanhas de prevenção e controle de roedores são fundamentais para diminuir o risco de contágio nas cidades mais afetadas pelos fenômenos climáticos extremos.

O controle da leptospirose não depende apenas de medidas pós-contágio.

A prevenção, especialmente em tempos de crise climática que aumenta a frequência e intensidade das enchentes, torna-se a ferramenta mais eficiente no combate à disseminação desta doença.

A colaboração entre comunidade, órgãos de saúde e o governo é essencial para mitigar os impactos e proteger a saúde da população gaúcha.

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