Rússia está transformando crianças em soldados
Descubra como o treinamento militar nas escolas russas está sendo implementado, abordando detalhes e implicações.
O renascimento do treinamento militar básico nas escolas russas tem chamado atenção internacional frente às crescentes tensões geopolíticas. Segundo a Reuters, em Vladikavkaz, na Rússia, estudantes como o jovem David, de 14 anos, estão aprendendo a manusear fuzis Kalashnikov como parte de uma iniciativa educacional que visa preparar a próxima geração para o serviço militar obrigatório.
O que mudou no currículo escolar russo em relação ao treinamento militar?
Recentemente, a Rússia reintroduziu o treinamento militar nas escolas, uma prática que havia sido abolida nos últimos anos da União Soviética. A medida é uma resposta ao prolongado conflito na Ucrânia e reflete um esforço maior de militarização da sociedade russa, segundo críticos. A partir de um decreto emitido pelo ministério da educação em 2022, aulas de “noções básicas de segurança de vida” incluindo treinamento militar básico, tornaram-se parte integral do currículo escolar.
Qual é a opinião dos jovens sobre o treinamento militar nas escolas?
Para estudantes como David, o treinamento é uma “oportunidade intrigante”. Ele comenta que, comparado com pistolas, os fuzis são mais complicados de manejar. “É mais fácil disparar uma pistola. E é mais difícil mirar com um fuzil de assalto”, relembra o jovem após uma sessão de treinamento. Ele acredita que essa preparação o ajudará futuramente, considerando que o serviço militar é obrigatório para os jovens na Rússia.
Como a comunidade percebe o renascimento do treinamento militar nas escolas?
Sergei Menyailo, vice-almirante aposentado e atual líder da região da Ossétia do Norte na Rússia, defende o programa, argumentando que o treinamento ajudará os jovens a “cumprir seu dever militar em equipe”, caso precisem combater no futuro. Boris Kantemirov, chefe local de uma organização voluntária que apoia as forças armadas, reforça: “Todos devem ser capazes de salvar vidas, manusear armas e estar fisicamente preparados.”
A reintrodução do treinamento militar nas escolas também gera preocupações entre aqueles que defendem uma educação mais pacífica. Investir em treinamento militar para preparar os jovens para um futuro conflito é uma aposta arriscada, afinal a realidade é que a maioria dos alunos jamais precisará usar essas habilidades em combate. É crucial considerar os prós e contras da iniciativa de forma abrangente, ponderando os benefícios potenciais em termos de disciplina, patriotismo e habilidades práticas, com os riscos de uma possível normalização da violência.
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