Rio Grande do Sul vive surto de leptospirose
Segundo a Secretaria da Saúde do estado, ao todo já são 148 casos de leptospirose, 19 deles foram confirmados na últimas 24h
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul divulgou, nesta quinta-feira, 23, que foram confirmados 19 novos casos de leptospirose no estado. Esses números representam um aumento de 65,5% em apenas 24 horas. Desde o início das chuvas, já foram registrados 48 casos de infecção pela doença.
Até o momento, foram notificadas 545 suspeitas e duas mortes causadas pela leptospirose desde o início da calamidade pública. As enchentes começaram a afetar o estado em 29 de abril. Antes disso, haviam sido confirmados 129 casos da doença e seis óbitos este ano. Em 2023, foram registradas 477 ocorrências, com 25 mortes.
O que é a leptospirose
A leptospirose é uma doença transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, que pode estar presente na água ou na lama em locais atingidos por enchentes.
Embora a leptospirose seja uma doença endêmica, com circulação regular, eventos como as enchentes aumentam o risco de infecção, conforme alerta a Secretaria de Saúde.
Nesta quarta-feira, 22, foi confirmada a mais recente morte causada pela doença no estado. Um homem de 33 anos, residente em Venâncio Aires (RS), faleceu na última sexta-feira em decorrência da infecção.
Tratamento da doença
Diante do aumento expressivo de casos no estado, o Ministério da Saúde recomendou uma nova abordagem para o tratamento da leptospirose no Rio Grande do Sul. De acordo com o órgão, o tratamento deve ser iniciado imediatamente em casos suspeitos, sem a necessidade de confirmação laboratorial da infecção.
A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas como febre e dores busquem imediatamente um serviço de saúde, especialmente se tiverem tido contato com água de enchente.
Alerta para fortes chuvas
São esperadas chuvas com intensidade entre 30 mm/h e 60 mm/h, ou 50 mm/dia e 100 mm/dia. Além disso, os ventos podem atingir velocidades entre 60 km/h e 100 km/h.
Os moradores dessas regiões devem ficar atentos aos possíveis impactos decorrentes desses eventos climáticos. Há risco de corte no fornecimento de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.
O Inmet recomenda que, em caso de rajadas de vento, as pessoas evitem se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Além disso, é importante evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
Como medida preventiva, o instituto sugere que os moradores desliguem aparelhos elétricos e o quadro geral de energia, caso seja possível. Em casos de emergência, é possível obter mais informações junto à Defesa Civil pelo telefone 199 e ao Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Sobe para 163 o número de mortos no RS
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta quinta-feira, 23, que o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingiram o estado subiu para 163. No último boletim, divulgado nesta quarta-feira, 22, às 18h, eram 162.
De acordo com balanço divulgado às 9h, 72 pessoas continuam desaparecidas e 806 ficaram feridas.
Com 468 dos 497 municípios afetados, o estado contabiliza 581.643 pessoas desalojadas, entre as quais 65.762 estão em abrigos.
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