“Viva la libertad carajo”: Milei lança novo livro com show de rock
A noite foi dividida em diferentes eventos. Como uma peça composta por números independentes e um tanto desconexos, o espetáculo montado para apresentação do último livro de Milei alternava rock com exposição sobre a economia do presidente e anedotas pessoais
A expectativa dos libertários pelo show musical de Javier Milei e o lançamento do seu novo livro “Capitalismo, Socialismo y la Trampa Neoclásica” fez com que os bilhetes de entrada esgotassem em pouco tempo.
Foram colocados na rua Bouchard os postos de La Libertad Avanza para recrutar novos militantes. Outros aproveitaram a oportunidade e ofereceram livros dos autores favoritos de Milei: Murray Rothbard e a Escola Austríaca.
Na fila para entrar no estádio era possível ver não só motosserras, mas até pessoas fantasiadas de Zorro, série que Milei gosta e que mencionou dias atrás para atacar o chefe do Governo espanhol: “Já tenho ‘match point’ para Pedrito (Sánchez)”.
A noite foi dividida em diferentes eventos. Como uma peça composta por números independentes e um tanto desconexos, o espetáculo montado para apresentação do último livro de Milei alternava rock com exposição sobre a economia do presidente, anedotas pessoais, encontros espontâneos com pessoas do público e um final com três amigos – os Presidente, seu porta-voz, Manuel Adorni, e o deputado José Luis Espert – sentados numa sala, diante da militância libertária, relembrando velhos tempos, distribuindo agradecimentos e elogios, e celebrando.
A noite de Milei foi cheia de zombarias e ironias contra aqueles que ele considera seus inimigos; os habituais, como “os vermelhos” e os “aborteros”; e os novos, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez. “Sánchez, compadre”, começaram a entoar as pessoas e ele as interrompeu, embora parecesse encantado. “Não, cara, o Mondino vai me pedir horas extras”, riu, aludindo aos problemas diplomáticos que sua gestão acumulou.
A hora do show
Na hora do show, vestido com casaco preto, camisa, gravata e jeans escuro, Javier Milei subiu ao palco ao ritmo de “Panic Show”, música de La Renga. Ele acenou com os braços e correu pelo palco, exultante. “Queria fazer isso porque queria cantar”, disse ele aos gritos da militância.
Ele, então, pegou o microfone e cantou os versos de sua música favorita: “Toda a casta é meu apetite”, mudava a letra do clássico da banda Mataderos. Ele estava acompanhado por um holofote que o iluminava do alto da plateia.
A sessão musical durou apenas alguns minutos. O que foi planejado como uma série de músicas acabou sendo o trecho de uma única. Porém, houve outras músicas, mas vieram do público, da militância libertária. Uma delas foi: “Cristina vai para a prisão, Cristina vai para a prisão”, ao que o Presidente respondeu: “Posso assegurar-vos que os acompanharia a cantar, mas isso violaria a independência dos poderes”.
A banda que acompanhou Milei durante a música era formada por “Bertie” Benegas Lynch na bateria; seu irmão Joaquín Benegas Lynch na guitarra e Marcelo Duclós, co-autor do livro “Milei, a revolução que eles não esperavam”, no baixo. Havia também um bumbo com o rosto de Ludwig Von Mises, economista da escola austríaca.
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